Começa nova testagem para saber os rumos da covid-19 no estado

Morador da Vila Luizão realizando coleta de sangue para o Inquérito Sorológico

Nesta segunda etapa do inquérito sorológico realizado no Maranhão 5.100 pessoas em 66 municípios do estado serão testadas. A atividade teve início na Região Metropolitana pelo bairro Vila Luizão. Na rua 19, a Rosa Maria recebeu os técnicos da secretaria de saúde. Na residência moram 5 pessoas e foi feito um sorteio para realização do exame. O escolhido foi o David, sobrinho da Rosa. Ele tem 20 anos. E todos os familiares tiveram os sintomas da Covid-19, mas não realizaram exames. “Fazer o exame custa muito caro, por isso não fizemos. Mas todos nos tivemos sintomas como dor de cabeça, febre, cansaço. Por isso acredito que tivemos a doença”, disse a moradora.

Mesmo sendo bastante importante para saber o rumo que a doença está tomando no estado e assim preparar ações de enfrentamento, em algumas casas, os moradores não aceitam fazer o teste. O chefe do setor de Biologia Molecular do Laboratório Central do Estado, Lídio Gonçalves, observou que o inquérito deverá apontar de que forma a flexibilização de algumas atividades impactou na doença no Maranhão.

A expecativa é que até a primeira quinzena de novembro esteja concluído o inquérito. O resultado desta observação laboratorial ajudará a definir as medidas de prevenção e assistenciais a serem oferecidas pela gestão estadual no primeiro semestre de 2021. Como observou a coordenadora de campo do Inquérito sorológico, Léa Márcia Melo da Costa. “O inquérito sorológico é muito importante para sabermos da prevalência da Covid-19 no estado”, disse.

Na primeira fase do inquérito foram testadas 4.080 pessoas, distribuídas na região metropolitana e no interior. A avaliação do estudo demonstrou uma prevalência de 40% da população com anticorpos para a Covid-19. Somente nos municípios da Grande Ilha, essa preponderância registrou 38,9%.

Policial descumpre regra e ainda agride funcionária de pousada

Uma policial hospedada em uma pousada de Jericoacoara, no litoral do Ceará, agrediu uma funcionária do local no último sábado após descumprir uma regra do estabelecimento comercial.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, a policial aparece andando pelo espaço enquanto é filmada pela funcionária. De acordo com proprietária da pousada, Antônia Maria de Sousa, a confusão começou na parte interna, quando a funcionária teria pedido para a hóspede, que apresentava sinais de embriaguez, colocar a máscara.

VEJA O VÍDEO

A mulher se identificou como inspetora da polícia civil, colocou a máscara e começou a xingar a funcionária que filmava a confusão.

A dona da pousada afirma também que a policial insistia em usar a piscina da pousada com amigos que não estavam hospedados, o que contraria as normas do estabelecimento.

Ela disse ainda que policiais foram chamados, mas teriam se recusado a atender a ocorrência por se tratar de uma policial civil. Em nota, a PM confirmou que não houve condução dos envolvidos à delegacia e que a inspetora negou ter agredido a funcionária.

“Os policiais disseram que não iam levá-la para a delegacia, e eu fui saber o porquê. Me disseram que, se quisesse, a gente que chamasse um táxi para ir até a delegacia. O policial militar me jogou no chão e me chutou dizendo que não era meu empregado. Ainda pegou meu celular e jogou dentro da viatura”, contou Antônia.

A polícia confirma o procedimento. “Não houve condução dos envolvidos à delegacia. Apenas o aparelho celular da dona da pousada foi apreendido e apresentado à autoridade policial na Delegacia Regional de Camocim”, diz a corporação, em nota. A polícia se justificou dizendo “não ter vislumbrado situação de flagrante delito”.

No vídeo, a funcionária afirma que a hóspede está embriagada e que não está respeitando os regulamentos da pousada. Neste momento, a policial se vira e agride a funcionária com um tapa, derrubando o celular da trabalhadora. A filmagem é interrompida, mas a gravação do áudio continua, e é possível ouvir a hóspede gritando e pedindo para não ser filmada.

Em nota, a Polícia Civil do Estado do Ceará informou que a Delegacia Municipal de Jijoca de Jericoacoara está investigando o caso.

USO DE MÁSCARA É OBRIGATÓRIO NO CEARÁ

Já a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) disse ter determinado a imediata apuração dos fatos na seara administrativa disciplinar.

Uma lei em vigor no estado do Ceará obriga o uso de máscara em locais públicos e privados, com multa de R$ 100 em caso de descumprimento.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), pediu apuração imediata do caso. Em uma rede social, o governador disse que todos os policiais envolvidos em atos ilícitos devem ser processados e, quando culpados, punidos segundo a lei.

 

A guerra por trás da vacina contra a covid-19

Por trás da cura para a Covid-19 existe muitos interesses

A AstraZeneca prometeu não lucrar com sua vacina “durante a pandemia”, mas essa promessa traz uma pegadinha: quando a pandemia termina? A resposta não é conhecida agora e, certamente, não deve ser dada por uma empresa. Porém, no Brasil, a farmacêutica acabou ficando com direito de decidir quando a crise acaba e, portanto, quando ela poderá parar de vender doses a preço de custo. É o que indica o acordo entre a empresa e a Fiocruz, que teve trechos divulgados pelo Financial Times e, mais tarde, pelo colunista do UOL Jamil Chade.

Segundo o documento, o que está sendo chamado de “período pandêmico” pode se estender além de julho de 2021, mas só se a AstraZeneca, “agindo de boa fé, considerar que a pandemia SARS-CoV-2 não acabou“. É claro que a empresa não tem o poder de definir políticas públicas nem de estabelecer critérios que indiquem o fim de uma crise sanitária em um país ou no mundo. Mas, para fins comerciais, sua palavra vai valer. E isso já significa muito: quer dizer que, a partir de julho, basicamente está nas mãos da AstraZeneca decidir subir ou não o preço das doses. O acordo com o Brasil prevê a transferência de tecnologia para que o imunizante seja produzido aqui mas, como já dissemos em outros momentos, não há tanta certeza sobre quando o processo será finalizado.

O acordo não foi divulgado na íntegra, e os detalhes de todos os contratos firmados entre a AstraZeneca e diversos países são escassos. A empresa soltou ontem um comunicado dizendo que “desde o início” sua abordagem “tem sido tratar o desenvolvimento de vacinas como uma resposta a uma emergência de saúde global, não como uma oportunidade de negócios“. A ver…

Em tempo: a Moderna também anunciou que, “enquanto a pandemia continuar”, não vai aplicar suas patentes relacionadas à covid-19 a outros fabricantes, e que está disposta a licenciar a patente para terceiros no período pós-pandêmico.

O QUINHÃO BRASILEIRO

Em coletiva de imprensa, o Ministério da Saúde falou sobre quantas doses de vacina espera ter até ano que vem. Pelas suas contas, serão  140 millhões doses no primeiro semestre de 2021: 40 milhões vindas da Covax Facility (à qual o país já pagou R$ 830 milhões dos R$ 2,5 bi previstos) e mais 100 milhões do imunizante de Oxford/AtraZeneca. Isso no caso de as vacinas terem bons resultados na fase 3 dos testes, é claro. Para o segundo semestre, a pasta promete chegar a um total de 300 milhões de doses. O percentual da população que conseguiria ser vacinado depende da quantidade de doses necessárias, e os critérios para aplicação das vacinas não foram estabelecidos; segundo o governo, vão chegar até o fim do ano.

Falta algo nessas estimativas do Ministério: a Coronavac, feita pela Sinovac. Via acordo com o governo de São Paulo, a empresa se comprometeu a enviar 46 milhões de doses para o Brasil e a transferir tecnologia para o Instituto Butantan. E já faz um tempinho que o estado tenta negociar investimentos adicionais com o governo federal, para aumentar a capacidade de produção e distribuir ao resto do país também. Ontem Eduardo Pazuello se reuniu com o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, e com o presidente do Butantan, Dimas Covas, para discutir a situação. A ideia, segundo a colunista da Folha Monica Bergamo, é que o governo federal aloque R$ 92 milhões na aquisição de equipamentos para o Butantan, e que adquira doses para distribuir a outros estados via SUS. Mas não tem nada certo. Ainda segundo Bergamo, o governador João Doria tem uma reunião hoje com senadores de vários estados para pensar um plano B para a distribuição, caso a negociação com o governo federal não vingue.

Quanto à Coronavac e às vacinas chinesas em geral, uma matéria no site da Nature traz uma interrogação pertinente. Não a respeito da sua segurança e eficácia (uma vez que os testes estão em andamento), mas sobre a possibilidade de que haja tantas doses disponíveis para exportação. O país tem prometido tornar suas vacinas acessíveis a vários países de média e baixa renda na África, na América Latina e na Ásia; há também acordos de distribuição com os países onde elas estão sendo testadas (como o Brasil). Mas, ao mesmo tempo, no mês passado o chefe da força-tarefa de vacina contra covid-19 do governo, Zheng Zhongwei, disse que a China terá capacidade para produzir 600 milhões de doses até o final do ano e mais um bilhão em 2021.  Pode parecer muito, mas fica pouco quando lembramos que o país tem 1,4 bilhão de habitantes, e que a grande maioria ainda não recebeu nenhuma vacina. “O número de doses disponíveis na China será de longe muito pequeno para permitir a exportação, a menos que uma decisão política seja tomada para enviar vacinas para o exterior”, diz Klaus Stöhr, ex-chefe da unidade de resposta a epidemias da OMS.

A propósito, o governo chinês acaba de anunciar sua adesão à Covax Facility, mas ainda não há informações sobre o recurso que vai ser destinado à iniciativa.

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FIES suspenso e sonho do curso superior de muitos jovens é adiado

Ministério da Educação alega instabilidade no sistema para suspender programa

De acordo com comunicado na página do Fies na internet, a alta procura pelas inscrições ocasionaram sobrecarga e instabilidade no sistema. O processo está suspenso e um novo cronograma será divulgado em edital específico. Assim, o Ministério da Educação (MEC) vai prorrogar o prazo para inscrições em vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre de 2020.

As inscrições começaram na última segunda-feira (6) e, segundo o comunicado, quem já se inscreveu não será prejudicado. A ampliação do prazo será proporcional ao tempo em que a plataforma ficou indisponível para os candidatos.

Os três primeiros dias de inscrições (6 a 8/10), estavam reservados para a oferta exclusiva de vagas para os cursos prioritários, como os da área de saúde, engenharias, licenciaturas e ciência da computação. Os candidatos não matriculados em uma instituição de ensino superior poderiam se inscrever até 13 de outubro. E aqueles já matriculados teriam prazo até o dia 13 de novembro para realizar suas inscrições.

As vagas remanescentes são aquelas que não foram ocupadas no decorrer do processo seletivo regular, por desistência dos candidatos pré-selecionados ou falta de documentação na contratação do financiamento, por exemplo. Nessa etapa, estão sendo ofertadas 50 mil vagas.

COMO FUNCIONA

O processo de ocupação das vagas remanescentes é diferente dos processos regulares de seleção do Fies e ocorrerá de acordo com a ordem de conclusão das inscrições. Por essa razão, o MEC alerta que o candidato que precisar alterar alguma informação na inscrição já concluída no sistema deve ficar atento porque terá que cancelá-la para depois realizar uma nova inscrição. Dessa forma, a mesma vaga escolhida anteriormente poderá ser ocupada por outro candidato que tiver concluído a inscrição antes.

Para se inscrever, é necessário ter participado de uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir de 2010, ter obtido no mínimo 450 pontos na média das cinco provas do exame e não ter zerado a prova de redação. O interessado precisa ainda ter renda mensal bruta de até três salários mínimos por pessoa da família.

Mulher traia o marido com colegas e o matou para ficar com seguro

A vítima foi assassinada enquanto dormia com tiros no peito e na cabeça

Depois de 11 anos foragida, Monica Maria Santiago, de 52 anos, foi presa na última segunda-feira, dia 5, por policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Ela foi condenada em março de 2009, pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, a 16 anos de prisão pelo assassinato do marido, Wellington Franklin Bezerra, ocorrido em maio de 2002. Monica, segundo a denúncia do Ministério Público, matou Wellington para receber o seguro de vida do marido, do qual ela e a filha do casal eram beneficiárias.

De acordo com o acórdão do TJ que aumentou a pena imposta a Monica — ela havia sido condenada pelo 4º Tribunal do Júri da capital, em novembro de 2007, a 14 anos de reclusão por homicídio duplamente qualificado — ela tinha uma conduta social “desabonadora”, “pois realizava festas no apartamento do casal quando o companheiro estava ausente e tinha relações sexuais com vários colegas de trabalho dele, o que causava danos vexatórios à imagem do ofendido”.

Segundo a sentença de pronúncia de Monica no 4º Tribunal do Júri, ela matou Wellington com três tiros, na cabeça e no peito, na madrugada de 3 de maio de 2002, no apartamento onde o casal morava com a filha, na Estrada do Portela, em Madureira, Zona Norte do Rio. A vítima foi baleada enquanto dormia. Sua filha estava na casa da família no momento do crime.

Monica foi presa na favela da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Fonte: jornal Extra. Para acessar a fonte clique aqui