Médica é agredida por não assinar atestado de Covid19 para casal

Um casal do Distrito Federal foi autuado nessa quinta-feira (27/1), após agredir uma médica do Centro de Referência da Covid-19 de Novo Gama (GO), no Entorno do Distrito Federal, localizado no bairro Mont Serrat.

O homem e a mulher de Santa Maria (DF) chegaram ao local pedindo um atestado médico da Covid, mas não apresentaram o exame com resultado positivo para a doença e teriam se negado a fazer um teste rápido no local.

Sem o documento que embasasse a emissão do atestado, a médica do Centro de Referência se negou a fazer o que o casal pediu e foi alvo das agressões. Tudo foi registrado em imagens por pessoas que estavam no local. Além da médica, outros servidores e pessoas que trabalham na unidade de saúde também sofreram lesões.

Conforme testemunhas, o atestado seria para a mulher. Ela disse que havia feito o teste numa farmácia do DF e que o resultado tinha sido positivo. A médica pediu para que ela mostrasse o documento, mas a paciente alegou que não tinha a cópia, pois havia perdido.

Jogou médica no chão

Conforme testemunhas, a médica foi agredida, primeiro, pela mulher e, em seguida, pelo homem. Ela foi jogada ao chão, puxada pelos cabelos e chegou a desmaiar. Um outro médico que atendia no local tentou intervir para separar a briga, quando o marido da agressora partiu para cima de outros profissionais do local.

O casal foi detido e levado para uma delegacia por homens da Guarda Municipal de Novo Gama. A médica sofreu lesões na cabeça e foi encaminhada para um hospital do DF, onde passou por exames para averiguar suspeita de traumatismo craniano. Ela foi internada e precisou ficar em observação.

Prefeitura repudiou ocorrido

Em nota divulgada nas redes sociais, a prefeitura de Novo Gama repudiou o ocorrido.

“Já estamos tomando as devidas providências judiciais que estão sendo apuradas pela polícia. Repudiamos veementemente as agressões sofridas por nossos colaboradores, empenhados no trabalho de salvar vidas, e nos solidarizamos com as equipes e familiares”, diz a nota.

ATENÇÃO: saiba se o seu CPF foi ultilizado por outra pessoa

Vários golpes estão sendo aplicados após vazamento de dados de milhões de brasileiros

Os recentes vazamentos de dados de consumidores acenderam o alerta. Desde o mês passado, episódios de divulgação em massa expuseram na internet informações financeiras de milhões de brasileiros e abriram caminho para golpes virtuais.

De posse de dados pessoais, criminosos enviam contas falsas de telefone e de televisão por assinatura por e-mail, com nome completo e endereço, por exemplo. Nesse caso, basta o consumidor entrar diretamente no site da operadora e verificar a situação, sem acessar nenhum link suspeito.

Outros golpes podem trazer prejuízos reais, quando terceiros usam os dados para abrir contas bancárias, chaves Pix e fazer empréstimos em seu nome. No entanto, um sistema desenvolvido pelo Banco Central (BC) permite ao cidadão precaver-se contra fraudes ao consultar a situação financeira.

Vazamentos

No vazamento mais grave, foram expostas informações de mais de 220 milhões de brasileiros, vivos e mortos. Ao todo, foram divulgados 37 bases de dados que abrangem nome, Cadastro de Pessoa Física (CPF), endereço, foto, score (pontuação, em inglês) de crédito, renda, situação na Receita Federal e no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Um caminho para contornar a situação é o Registrato, sistema do BC que fornece um extrato das informações de uma pessoa com instituições financeiras.

A ferramenta permite a consulta online do histórico de pessoa física ou jurídica em bancos e financeiras. Entre as informações que podem ser levantadas, estão a abertura de contas bancárias (ativas ou inativas), dívidas (liquidadas ou em aberto) e envios de dinheiro para o exterior.

Saiba como entrar no sistema Registrato. O processo tem várias etapas.

Registrato do Banco Central do Brasil.
Site do Banco Central

Cadastro

1. O cidadão deve credenciar-se no site do Banco Central. É preciso fornecer CPF, data de nascimento e primeiro nome da mãe.

2. No mesmo site, o usuário deve informar um banco em que tenha conta para validar o cadastro. O Banco Central comparará as informações prestadas com a base de dados da instituição financeira.

3. O sistema fornecerá uma frase de segurança, que precisa ser copiada.

4. O usuário deverá abrir, em outra aba do navegador, o site do banco informado anteriormente.

5. Na página do banco, basta buscar pela opção “Registrato” e colar a frase de segurança. O sistema pedirá a senha de seis dígitos da conta corrente. Caso não faça o procedimento em até 48 horas, o cliente deve gerar uma nova frase de segurança no site do BC.

6. Após validar a frase de segurança no site do banco, o usuário deve retornar ao site do BC e concluir o cadastramento, clicando no botão “Próximo”.

7. No site do BC, o cliente deve digitar novamente o CPF, a frase de segurança e selecionar a instituição financeira. Em seguida, a página pedirá para informar um endereço de e-mail e criar uma senha de oito dígitos.

8. Basta rolar a página e clicar no botão “Concluir credenciamento”. Caso o procedimento dê certo, aparecerá uma janela pop-up com a opção “Acessar Registrato”.

Consulta

1. Concluído o cadastro, o cidadão pode entrar no site do Registrato e consultar o histórico de relacionamento com instituições financeiras. Basta usar o CPF e a senha criada anteriormente para fazer o login.

2. A página do Registrato oferecerá as opções “Meus endividamentos”, “Meus relacionamentos financeiros” e “Minhas operações de câmbio”. Em cada um desses painéis é possível gerar um relatório.

3. É preciso aceitar os termos de responsabilidade em cada painel. A tela exibirá todos os relatórios gerados nos últimos seis meses.

4. Se o cliente quiser, pode baixar o relatório de operações cambiais em arquivo PDF, mas o arquivo leva até dois dias úteis para ser oferecido pelo Registrato.

Fonte: Agência Brasil

Animais soltos em vias públicas vão gerar multa e até leilão

 

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1211/21, que proíbe a presença de animais soltos nas vias e determina aplicação de multa a proprietários, posseiros ou tratadores e ainda determina leilão de animais em prazo de 15 dias após recolhimento.

O texto, do deputado João Maia (PL-RN), altera o  Código de Trânsito Brasileiro. O projeto determina punição a quem permitir ou deixar de adotar providências que impeçam a circulação, em via pública, de animais de sua propriedade. A multa é escalonada de acordo com o porte do animal, mas em todos os casos a infração é considerada gravíssima.

Também será punida a condução do animal fora dos parâmetros da lei em vigor: os rebanhos devem ser divididos em grupos de tamanho moderado no transporte e separados por espaços suficientes para não obstruir o trânsito. A infração é considerada grave ou leve a depender do porte do rebanho e o animal poderá ser recolhido pela Polícia Rodoviária Federal se não for organizado o transporte nos moldes da lei.

A relatora, deputada Carla Zambelli (PSL-SP), defendeu a aprovação da proposta. “As alterações se revelam pertinentes para um aprimoramento da proteção dos animais, na medida em que impõe sanções adequadas e proporcionais para descumprimento das normas de circulação em vias terrestres”, destacou.

Animais recolhidos
O texto autoriza o leilão dos animais que não sejam reclamados por seus proprietários ou possuidores no prazo de 15 dias e que tenham sido vítimas de maus tratos continuados, constatados na inspeção veterinária. Nos casos de suspeita de maus tratos, a perícia deverá ser custeada pelo infrator.

A restituição dos animais recolhidos somente será feita àquele que comprovar ser o seu legítimo proprietário ou possuidor e estará condicionada ao prévio pagamento de multas, taxas, despesas com remoção e estada, além de outros encargos previstos na legislação.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Saiba como andam a discussões do uso de armas no Brasil

Projetos que trata do uso de armas no país estará em discussão em 2022

As regras sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo para caçadores, atiradores e colecionadores (grupo conhecido como CACs) devem ser tema de discussão no Senado em 2022. O PL 3.723/2019, projeto de lei que trata do assunto, estava na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em dezembro de 2021, mas um pedido de vista coletivo acabou fazendo com que a sua votação fosse adiada. A expectativa é de que o texto volte a ser discutido após o recesso parlamentar, que termina em fevereiro.

O projeto foi apresentado pelo Poder Executivo em junho de 2019. A matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados (onde passou por alterações) no final daquele ano, quando foi enviada para o Senado. Entre seus pontos mais polêmicos está a eliminação da exigência de marcação de munições. O texto revoga o artigo do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826, de 2003) que exige a venda de munições em embalagens com código de rastreio e a venda de armas com dispositivo de segurança e identificação, gravada no corpo da arma.

O texto também autoriza a aquisição de no mínimo 16 armas para CACs, sendo até seis de uso restrito. Não está indicado o limite máximo de aquisição, que poderá ser expandido em regulamentação do Comando do Exército. Outro ponto da proposta que vem recebendo críticas é a autorização automática de recarga caseira de munição para todos os CACs.

Os defensores do projeto argumentam que há necessidade de segurança jurídica para o grupo ao qual se refere o texto. Segundo o relator da matéria, senador Marcos do Val (Podemos-ES), cresce cada vez mais o número de armas registradas no país e todas essas novas armas seguem as regras previstas em decretos presidenciais. Ele afirma que o tema precisa estar consolidado em lei, já que grande parte desses decretos está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal (STF).

— Achei ser ideal o momento agora por causa do que vem acontecendo, a interferência do STF em legislar, em tomar decisões monocráticas e, em pleno recesso, quando os ministros do STF podem tomar decisões monocráticas, não do colegiado, ser possível derrubar os decretos que estão hoje em vigor — declarou Marcos do Val durante a última discussão do projeto no Senado, em dezembro.

Decretos

Já os senadores e as instituições que são contra o projeto argumentam que a insegurança jurídica existe justamente porque o Executivo extrapola a sua competência ao tratar do tema por meio de decretos e portarias, em vez de promover uma discussão ampla para aprovar projetos sobre o assunto. Vários dos instrumentos utilizados pelo governo são questionados por projetos de decreto legislativo que buscam sustar seus efeitos.

Em setembro passado, o Supremo Tribunal Federal julgaria 14 ações sobre decretos e portarias do governo federal relacionadas a posse, compra, registro e tributação de armas e munições. O julgamento, no entanto, foi suspenso após pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques. Com isso, até que o assunto seja julgado pelo plenário do STF, ficam valendo as decisões individuais tomadas pelos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Rosa Weber, relatores dos processos, que suspenderam parte das modificações feitas pelo governo.

— O que está acontecendo na prática, e eu respeito quem pensa diferente, é dar um balão, no linguajar futebolístico, fazendo alterações por decretos, que foram parar no STF. Eu tenho minhas discordâncias com o STF, todo mundo sabe disso, mas respeito as decisões que vêm da Corte — disse o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) ao defender uma maior discussão do projeto.

Chancela

O relatório de Marcos do Val foi favorável à aprovação do texto com as mudanças feitas pelos deputados federais. Ele argumentou que havia pressa para tratar dessa regulamentação, e que eventuais alterações no Senado fariam o projeto voltar à Câmara dos Deputados. Mas, para muitos dos parlamentares que defendem uma discussão mais ampla da matéria, o Senado não pode simplesmente aprovar as alterações feitas pela Câmara no projeto do Executivo.

— Eu entendo que o senador Marcos do Val está fazendo um esforço, mas, veja, é um esforço para manter o projeto do jeito que veio da Câmara. Se tiver de voltar [à Câmara], não tem problema. É um tema que precisa ter as digitais dos senadores e das senadoras. A gente precisa aprofundar isso, até porque a gente pode trazer um equilíbrio federativo da compreensão dos diversos estados. É para isso que a gente existe como Casa Revisora — registrou o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

CACs

Para o senador Lucas Barreto (PSD-AP), não aprovar o projeto poderá colocar em risco clubes de atiradores e outras empresas relacionadas ao setor. Ele afirma que é preciso tirar o debate sobre os CACs da “polarização política” e garantir segurança jurídica a esse grupo, o que levaria a resultados positivos na economia.

— A gente está defendendo o direito do cidadão de bem. A gente tem de fazer que se fiscalize na fronteira para que não se contrabandeiem armas, porque o bandido está lá, armado; ele não passa por controle de munição, de nada — declarou Lucas Barreto.

De acordo com o senador Luiz do Carmo (MDB-GO), não se trata de uma liberação irrestrita de armas, mas de permitir a diversão de pessoas de bem.

— Esse projeto trata, simplesmente, de diversão para as pessoas. As pessoas não podem se divertir? Eu nunca vi um CAC ser mau elemento. Nunca vi! Todas as pessoas que chegam perto de mim são pessoas do bem — disse Luiz do Carmo.

O senador Carlos Viana (PSD-MG), por sua vez, argumentou que o projeto não altera as regras para o porte de armas e nem incentiva sua compra. Segundo ele, a discussão é apenas sobre a questão dos CACs.

— Não se está aqui, em momento algum, incentivando a compra de armas ou a facilitação para que a pessoa possa portar uma arma no meio da rua. Não é disso que estamos falando. Quem levantar essa polêmica está, infelizmente, desinformando as pessoas.

Momento

Os senadores contrários ao projeto, além de afirmarem que o texto flexibiliza o Estatuto do Desarmamento, criticam a pressa para aprovar o texto no momento de dificuldades que o país enfrenta.

— Nós temos aí uma desigualdade: 80 milhões de brasileiros em situação de pobreza ou de extrema pobreza; e o 1% mais rico possui quase a metade da fortuna brasileira. E nós estamos aqui debatendo flexibilização no Estatuto do Desarmamento! Eu não acho que seja razoável — protestou o senador Fabiano Contarato (PT-ES).

O senador José Aníbal (PSDB-SP) também ressaltou que o texto precisa ser debatido com profundidade no Senado.

— Eu ouvi uma manifestação do senador relator da matéria [Marcos do Val], e ele disse que o pessoal dos clubes de tiro está reclamando, porque eles não vão ter as armas necessárias para fazer seus treinamentos e que, com o projeto, eles poderão adquirir essas armas. Eu fiquei aqui imaginando se esta nossa conversa tem sentido de realidade ou é surrealista, e a impressão que me dá é que ela é surrealista — criticou José Aníbal.

Ainda não há data prevista para a votação do projeto.

Fonte: Agência Senado

Garoto de apenas 8 anos passa 87 dias internado com Covid-19

O pequeno Matheus de 8 anos passou 87 dias internado em razão de complicações com  a Covid

Foram necessários poucos dias para a vida da família Oliveira virar de cabeça para baixo em dezembro de 2020. Em um curto período o pequeno Matheus, com 8 anos na época, passou de uma leve coceira na garganta para 70% do pulmão comprometido pela Covid-19. Matheus só foi salvo após uma grande operação que comoveu todo o país: de helicóptero ele foi levado até a capital do Rio para ser internado em um hospital pediátrico da rede municipal de Saúde. Hoje Matheus está recuperado, ainda trata algumas sequelas da doença e a família vive a expectativa de enfim poder vacina-lo contra o coronavírus.

A família de Matheus é de São José de Ubá, uma pequena cidade de sete mil habitantes e que fica a 290 km da cidade do Rio. A operação para levar o menino a capital envolveu diversos órgãos. Organizada pela secretaria estadual de Saúde, parte do transporte foi feito pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e a aeronave utilizada foi da Marinha — que voou embaixo de chuva para levar o garoto ao Rio.

A prefeitura de São José de Ubá ainda não possui uma calendário para imunização das crianças, mas Delmar Oliveira, pai de Matheus, garante que assim que for possível levará o garoto para se vacinar contra a Covid-19.

Só quem passa na pela para saber o que é. O certo é vacinar todo mundo.

” Só quem passa na pela para saber o que é. O certo é vacinar todo mundo. Graças a Deus começará agora para as crianças e no primeiro dia que tiver disponível vamos lá certamente. A vacina será muito importante. O pai e a mãe não quer que o filho pegue, mas estando vacinados você tem uma proteção e o risco é menor que não ter se vacinado. Tenho pessoas na família e conhecidos que são contrários a vacina. Se tem uma forma de proteção, por quê você não tomar?”, diz Delmar Oliveira, pai de Matheus.

Não sairá da memória de seu Delmar os 87 dias de angústia em que o filho passou na UTI do Hospital Municipal Jesus, referencia para pediatria em todo o estado do Rio. Em quase três meses na ala de cuidados intensivos, Matheus foi intubado quatro vezes, além de realizar uma traqueostomia — procedimento considerado invasivo e só feito em casos de extrema necessidade. Ao todo, o menino ficou quatro meses internado e teve alta em abril de 2021.

“Ele ficou 37 dias totalmente isolado por causa da Covid. Foram quatro vezes que ele saiu da intubação e voltou de novo. O máximo que ele ficou nesse tempo sem precisar do respirador foram só quatro dias. Restava ter fé e o pensamento positivo. Só quem passa sabe. A gente chega no hospital, vê pai e mãe desesperados por perder o filho e eu com o meu internado lá. Imagina o que passa pela cabeça da gente”, relembra Delmar, que só conseguiu ter um pouco de alívio quando Matheus saiu da UTI.

Tratamento de sequelas

Já em casa, Matheus continua com o acompanhamento médico com pneumologista e já realizou diversos exames de acompanhamento da sua saúde após a alta médica: ressonância magnética, tomografias e também realiza um trabalho de fisioterapia. Segundo o pai, o menino não recorda de todos os momentos do tratamento no hospital, mas Delmar conta que Matheus sempre se emociona ao lembrar, principalmente, dos dias que ficou acordado consciente na UTI.

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