Homem morre de Covid e pode ter pego doença dentro de hospital

Adilson teria morrido de Covid-19 em função da nova variante do vírus.                                         Foto: Reprodução internet

A vida de Adilson Cardoso de Jesus, um morador de Belford Roxo, de 55 anos, foi uma saga que se encerrou de modo trágico. Ele sobreviveu ao desemprego por um ano. E, por um bom tempo, conviveu com cardiopatia crônica e cirrose. Foi por causa de um líquido no fígado que bateu às portas da emergência do Hospital Geral de Nova Iguaçu (da Posse), onde, segundo a família, foi contaminado e contraiu a Covid-19. Sem ter saído recentemente do estado, foi um dos primeiros pacientes infectados por variantes do coronavírus no Rio e o primeiro óbito confirmado.

Na noite desta quinta-feira, dia 18, a Secretaria estadual de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio confirmaram a transmissão comunitária das variantes do vírus no Estado. Segundo as duas pastas, “o levantamento constatou que, com exceção do paciente oriundo de Manaus, os demais são autóctones, ou seja, a contaminação aconteceu dentro do próprio estado. Desta forma, a avaliação confirmou que as novas cepas já estão circulando em pelo menos um município do estado, o Rio de Janeiro, e provavelmente, Nova Iguaçu”.

De acordo com a Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria estadual de Saúde, há possibilidade de que a variante do vírus esteja circulando em outros municípios, “uma vez que a capital tem grande atividade econômica e alta circulação de pessoas de várias cidades da Região Metropolitana”. No entanto, informou a subsecretaria, “essa informação só poderá ser confirmada a partir de evidências laboratoriais”.

Diante da confirmação da transmissão comunitária das novas variantes, as autoridades de saúde do Rio “reforçam a necessidade de que sejam intensificadas as medidas de prevenção de contágio: uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento social”.

Paciente passou por duas unidades de saúde

Adilson deu entrada no Hospital da Posse em 15 de janeiro. No dia 28, sua família foi informada que ele estava com Covid-19, e que fora transferido para uma ala específica para tratamento da doença. O quadro se agravou, e Adilson foi levado, em 1º de fevereiro, para o Instituto Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz, onde morreu.

“Ele foi contagiado no quarto do Hospital da Posse, não era nem na CTI. Nos falaram, no hospital, que ele pegou de um outro paciente, que acabou falecendo também. Depois, foi rapidamente entubado, e chegou no Evandro Chagas em estado grave”, conta a nora Cíntia, localizada pelo EXTRA, acrescentando que a família foi informada do óbito um dia depois: “Só consegui entrar em contato com o hospital no dia seguinte (sábado, dia 6), quando nos comunicaram do falecimento”, concluiu.

A família relata ainda que, na enfermaria de isolamento, Adilson ficou internado junto com outros seis pacientes, todos com direito a um acompanhante, mesmo havendo o risco de contágio. Apesar de a morte ter ocorrido no dia 5 de fevereiro, apenas na terça-feira uma equipe de Vigilância em Saúde de Belford Roxo foi à casa da ex-esposa de Adilson, segundo relato de familiares. Na quarta-feira, no fim da tarde, esteve na casa de Cíntia.

Fonte: Jornal Extra. Para acessar matéria original clique aqui

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