CoronaVac acabou com “jacaré” criado pelos negacionistas

A vacina CoronaVac é usada em cerca de 90% das imunizações no país contra o novo coronavírus

O Brasil já registra mais de dois milhões de pessoas vacinadas contra a Covid-19 e o Ministério da Saúde contabilizou apenas 1.038 comunicações de eventos adversos por pessoas que já foram imunizadas. Desses casos, apenas 20 foram considerados graves, mas sua relação com as vacinas ainda precisa ser confirmada. Os dados são da última terça-feira, 2, data da mais recente atualização da pasta.

Os números indicam que a ciência mais uma vez vence a desinformação propagada pelo bolsonarismo, que repetem, sem embasamento científico algum, que os imunizantes causam graves efeitos colaterais. Jair Bolsonaro chegou a dizer no, dia 17 de dezembro, sobre a vacinação: “Se você virar um jacaré, é problema seu“.

Segundo reportagem do jornal O Globo, apenas 5 a cada 10 mil vacinados relataram algum efeito colateral após tomarem a vacina, ou 0,05%. De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas mais comuns foram cefaleia (dor de cabeça), febre, mialgia (dor muscular), diarreia, náusea e dor localizada.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, o total de vacinados na quinta-feira, 5, já ultrapassava 3 milhões de pessoas no Brasil.

Especialistas afirmam que os números baixos de queixas reforçam o perfil de segurança das vacinas, notadamente a CoronaVac, utilizada em mais de 90% das imunizações até o momento. O outro imunizante adotado no país é o da AstraZeneca/Oxford.

Garotas brasileiras descobrem asteroides antes da Nasa

Micaele Vitória e Laura fizeram história na astronomia brasileira com descoberta de asteroide

Duas adolescentes de 17 anos, alunas da rede estadual de ensino, descobriram, cada uma, um novo asteroide que nem a Nasa havia identificado. Micaele Vitória Cavalcante Gomes, de São José dos Campos, e Laura dos Santos Dias, de São Paulo, são participantes de um grupo de iniciação científica ligado à Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru (SP). O asteroide que Micaele descobriu estava relativamente próximo ao Sol e recebeu o código P11bEV1. Já o nome provisório do asteroide encontrado por Laura é P11bNcu.

Os corpos celestes foram numerados pelo Minor Planet Center, da Universidade Harvard, e agora serão analisados por astrônomos para tentar determinar suas órbitas e outras informações. Após esse processo, que pode levar alguns anos, as garotas poderão escolher o nome oficial dos asteroides se seu ineditismo for confirmado.

Projeto Caça Asteroides da Unesp foi idealizado e é coordenado por outra jovem: Helena Ferreira Carrara, 22, aluna da Licenciatura em Física da instituição.

Sonho astronômico

Micaele estuda na Escola Estadual Professor Estevam Ferri, no centro de São José dos Campos (SP), e é apaixonada pelo Universo. “A astronomia é uma das ciências que mais me causa questionamentos, então eu sempre gostei de me envolver em projetos de pesquisa, voluntariado e olimpíadas científicas“, conta.

A estudante começou a estudar um pouco mais sobre os corpos menores do Sistema Solar e se interessou cada vez mais em saber sobre eles. O Projeto Caça Asteroides ajudou bastante a saciar essa curiosidade.

Foi uma oportunidade única na minha vida, não só de estudar mais sobre os asteroides, mas de, quem sabe, fazer a descoberta de um novo objeto. Contribuir para o meio científico de alguma maneira é um dos meus grandes sonhos

Nas imagens do telescópio, vemos desde enormes galáxias até pequenas rochas. Também podemos encontrar alguns erros de imagens, por isso o olhar atento é crucial. Quando desconfiamos que um ponto pode ser um asteroide, temos de analisar alguns gráficos e dados, como a variação de sua magnitude, declinação e ascensão reta“, explica Micaele.

Depois de perceber um novo asteroide, é preciso olhar para informações mais específicas para diferenciá-lo dos que já foram catalogados. “Descobertas assim ajudam no trabalho de astrônomos, que não têm como analisar todas essas imagens e dados. Sabendo da existência do asteroide, poderão estudá-lo sem perder tanto tempo procurando por ele“, conta a adolescente.

Micaele comemora: “Para mim, a importância dessa descoberta é gigantesca, significa a realização de um sonho e o começo de outros. Deixei um pouco dos meus sonhos registrados no espaço“.

Ela pretende ser cientista, pesquisadora na área da astrofísica ou até engenheira aeroespacial, e lutar pela democratização do meio acadêmico, “incentivando mais meninas, mulheres e estudantes de escolas públicas a fazerem ciência“.

Surpresa com a descoberta

Laura é aluna da Escola Estadual Professor José Vieira de Moraes, na periferia da zona sul de São Paulo. Ela ficou surpresa em, logo nas primeiras análises, ter encontrado um novo objeto.

Durante a análise das imagens, achei que um ponto não tão grande poderia ser um asteroide, por causa de sua movimentação constante e características. Eu já estava muito empolgada por ter achado um asteroide, mas em nenhum momento passou pela minha cabeça que ele pudesse ser inédito

Ela, que planeja se formar em astronomia ou filosofia, acredita que projetos assim podem incentivar mais adolescentes. “Espero que essa descoberta leve esperança para outros estudantes da rede pública que querem seguir carreira na área. Como sabemos, não temos tantas informações e projetos nas escolas que incentivem um primeiro passo como futuros cientistas, astrônomos e astrofísicos.”

Se puder batizar o asteroide no futuro, a paulistana irá homenagear a mãe, Rosilene, que a incentivou a participar do grupo.

A jovem coordenadora

Helena Carrara começou o Projeto Caça Asteroides em outubro do ano passado, com o intuito de divulgar a astronomia para adolescentes com interesse no assunto, mas que “muitas vezes não têm incentivo dos pais nem dos professores“, conta.

Sua equipe faz parte do International Astronomical Search Collaboration (Iasc), uma cooperação internacional no modelo cidadão-cientista, em que pessoas comuns podem procurar por asteroides e contribuir para a ciência.

Ela selecionou cinco alunos do ensino médio para participar e passou a fazer reuniões semanais para treinamento, antes de recebermos as imagens da Nasa. Periodicamente, recebem manuais, dados e imagens do telescópio Pan-Starrs, do Observatório Haleakala, no Havaí. Por meio do Astrometrica, um software para trabalhos astronômicos, as imagens são analisadas e monitoradas pelos participantes.

Quando recebemos as imagens, eu separo um ‘set’ [pasta com cerca de cinco imagens da mesma localização] para cada aluno. Quando analisavam os delas, a Micaele e a Laura perceberam objetos em movimento. Então catalogamos os objetos e enviamos um relatório para o Iasc“, explica a coordenadora. E aí veio a surpresa: uma resposta de que aqueles objetos nunca haviam sido catalogados antes.

Meu projeto tem como objetivo, obviamente, colaborar com as agências espaciais, mas mais importante que isso é incentivar crianças e adolescentes. Ter contato com projetos fora da escola, que trazem contribuições reais para a comunidade astronômica, os deixa confiantes para procurarem mais. Não ficar só naquela coisa de escola e vestibular“, acredita Helena.

Fonte: Pragmatismo Político. Acesse matéria completa clicando aqui

Atendimento do INSS causa atraso nos pedidos de benefício

INSS encerrou 2020 com quase 1,7 milhão de análises de pedidos de benefícios na fila

O INSS encerrou o ano de 2020 com quase 1,7 milhão de pedidos de análise de benefícios na fila. A espera continua para aqueles que querem garantir sua aposentadoria e o órgão se movimenta para aumentar a produtividade. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar Primeira Edição, o professor Marcus Orione, do Departamento de Direito do Trabalho e da Seguridade Social da Faculdade de Direito da USP, comenta o caso.

A situação, neste início de 2021, encontra-se ainda pior que a do ano passado. Segundo o professor, o número de 1,7 milhão considera ainda somente os trabalhadores que já estão com documentos prontos. Mesmo que exista um prazo estipulado por lei para a espera pela aposentadoria, na maioria dos casos, sempre há um atraso, podendo se prolongar por anos.

Orione menciona uma medida condicional que contém previsão de contratos temporários para lidar com as situações de urgência relacionadas à previdência em meio à crise sanitária. Para ele, a medida é bastante problemática, já que a maioria dos contratados eram militares, que não estariam preparados para realizar as análises de benefício previdenciário, por se tratar de um serviço sofisticado e muito elaborado. “É um gasto público enorme, com uma eficiência baixíssima, sem nenhuma sentido e completamente despropositado”, afirma.

O professor lembra que a maior parte da população que recorre ao INSS possui uma renda muito baixa e com uma dificuldade muito grande de acesso à tecnologia e à informação digital. “De uma maneira geral, quando se coloca à disposição da população um serviço online já há uma limitação natural, do ponto de vista de acesso. Mas, ao lado disso, percebemos que os sistemas de prestação social do Poder Público são precários e tecnologicamente muito limitados”, diz.

Aperfeiçoar canais do INSS

Os reforços para reverter a situação, então, não tem sido proveitosos e há limitações nas centrais de atendimento para que os trabalhadores acompanhem o pedido de forma autônoma. As centrais telefônicas e o aplicativo do INSS disponíveis também não agilizam o processo de solicitação de aposentadoria. Os canais deveriam ser aperfeiçoados para cumprirem seu propósito e deveria haver uma equipe capacitada para lidar com todo o procedimento de análise previdenciária.

Para Marcus Orione, a mudança na estrutura de atendimento é que está levando ao atraso demasiado. “Não adianta também resolver somente o problema da tecnologia. É necessário que haja profissionais capacitados, treinados, inclusive para evitar fraudes futuras. Sem uma contratação efetiva, e não temporária, dos servidores, o INSS tende a inviabilizar a prestação dos serviços, nos próximos anos”, encerra.

Mulher pula de prédio para escapar de tentativa de estupro

Câmeras de segurança de um edifício em Goiânia (GO) registraram o moimento que uma mulher pulou do primeiro andar para fugir de um ladrão que ameaçou estuprá-la. Ela sobreviveu a queda e está internada.

O caso aconteceu na última sexta-feira, 29. Segundo a Polícia Militar, o homem entrou em um salão do prédio, que fica no Parque Oeste Industrial, abordou a mulher e uma funcionária. As informações são do G1.

Em seguida, o criminoso usou uma faca para fazer ameaças de morte caso ela não tivesse relação sexual com ele. Os dois subiram para o andar de cima. Foi quando ela conseguiu abrir a rede de proteção da janela e pular.

Na queda, a vítima se machucou e precisou ser levada ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde passou por uma cirurgia. O criminoso conseguiu fugir por uma mata.

Segundo o hospital informou, “a paciente se encontra em pós-operatório, internada em leito de enfermaria e com estado geral considerado regular”.

 

Saiba o que o DEM ganhou ao apoiar candidato de Bolsonaro na Câmara

ACM Neto teria sido o protagonista no apoio do DEM ao candidato de Bolsonaro

247 – O apoio do DEM ao candidato de Bolsonaro na Câmara, Arthur Lira (PP-AL) teve um preço ajustado: a entrega da gestão da educação brasileiro para a sigla de ACM Neto. A promessa de Jair Bolsonaro é a de entregar ao DEM o Ministério da Educação logo depois da eleição da Presidência da Câmara, se Lira vencer, informa O Antagonista.

ACM Neto liderou a mudança do apoio da sigla de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato de Maia, para Arthur Lira, o de Bolsonaro.

O nome do DEM para o MEC é o do deputado João Roma, do Republicanos, do grupo de ACM Neto, que teria carta branca para lotear toda a pasta – com exceção do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), que fica com Marcelo Lopes da Ponte, nomeado por indicação do senador Ciro Nogueira, presidente do PP.

Roma sucederia o pastor Milton Ribeiro no MEC. Se confirmada a nomeação, estaria encerrado o ciclo ideológico à frente do Ministério, antes do pastor, os radicais de extrema-direita Ricardo Vélez Rodríguez e Abraham Weintraub.