Banco condenado a indenizar vítimas de sequestros-relâmpagos

Em um caso, Justiça condenou banco privado a ressarcir cliente em R$ 27,3 mil 

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou quatro bancos a indenizar clientes que foram vítimas de sequestros-relâmpagos e obrigados a fornecer cartões e senhas bancárias aos criminosos. As decisões acompanharam um entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que instituições financeiras são responsáveis pelos danos gerados por fraudes e outros delitos praticados por terceiros em operações bancárias.

As decisões foram antecipadas pelo portal Conjur. Em um dos casos, desembargadores da 24ª Câmara de Direito Privado derrubaram a decisão da primeira instância e condenaram um banco privado a ressarcir um cliente que teve R$ 27,3 mil retirados de sua conta durante um sequestro. Ele foi obrigado a entregar o cartão e a senha aos criminosos, que desviaram os valores em uma transferência comum, três via Pix e um empréstimo.

Depois de liberto pelos sequestradores, o cliente entrou em contato com o banco, mas não conseguiu reembolso dos valores e levou o caso à Justiça. Para o relator da ação, desembargador Cláudio Marques, ainda que o crime tenha ocorrido fora da agência, ficou claro a falha na prestação do serviço, já que o banco não tomou medidas que estavam ao seu alcance, como o bloqueio da conta após a segunda transação seguida para o mesmo destinatário ou entrar em contato com o cliente antes de autorizar as operações.

“Foram realizadas diversas transações bancárias em curto espaço de tempo, em valores muito elevados, destoando completamente do perfil de consumo do autor, que aufere renda modesta e realiza transações em valores baixos, conforme se depreende dos extratos bancários relativos aos últimos meses. Ademais, o fato do banco autorizar mais de um Pix em seguida para o mesmo destinatário constitui forte indicativo de fraude, que deveria ter sido detectado pelo sistema de segurança”, disse o magistrado.

Num segundo caso, três bancos digitais foram processados por um cliente que teve R$ 34,8 mil retirados indevidamente de suas contas durante um sequestro-relâmpago. O consumidor também foi obrigado a entregar cartões e senhas aos criminosos.

Na ação, a desembargadora Penna Machado, da 14ª Câmara de Direito Privado, negou o recurso dos bancos, que afirmaram não existir falhas na prestação do serviço, o que foi afastado pela magistrada. Ela afirmou que era dever das instituições financeiras, por meio de seus sistemas de detecção de fraudes, checar a regularidade e impedir a conclusão das operações, sobretudo porque fugiam ao padrão de gastos do autor.

“Do conjunto probatório, observa-se que as transações realizadas fugiam totalmente ao perfil do correntista, não sendo possível se concluir pela culpa exclusiva do autor, a afastar a responsabilidade dos bancos sobre as transferências indevidas. E o B.O, bem como a narrativa exposta na inicial, deixam claro que o autor foi vítima do chamado ‘sequestro-relâmpago’, ou seja, foi obrigado com emprego de arma de fogo, a informar senhas e dados pessoais e profissionais”, disse.

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Concurso federal abre 814 vagas e salários chegam a 17 mil reais

Edital com detalhes do certame deverá sair até, no máximo, em 10 de outubro deste ano

Foi publicada a portaria que autoriza a realização de um novo concurso para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que proverá de 814 vagas. Documento foi divulgado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (10/4).

Conforme indicado no documento, as oportunidades foram divididas entre os seguintes cargos de nível superior: analista em ciência e tecnologia: 296 vagas; pesquisador: 253 vagas; e tecnologista: 265 vagas. Os salários são entre R$ 6.445,17 e R$ 11.002,42, mas podem superar os valores de acordo com a titulação do aprovado.

Conforme indicado no documento, as oportunidades foram divididas entre os seguintes cargos de nível superior:

  • Analista em Ciência e Tecnologia: 296 vagas;
  • Pesquisador: 253 vagas; e
  • Tecnologista: 265 vagas.

Cabe destacar que a portaria ainda indica que o prazo para publicação do edital de abertura do concurso MCTI será de até seis meses (até o dia 10 de outubro), contado a partir da publicação do documento em diário.

De acordo com o próprio governo federal, o salário do servidor é composto pela soma do vencimento básico com a Gratificação de Desempenho de Atividade de Ciência e Tecnologia (variável), além da retribuição por titulação.

Panorama do último concurso MCTI

O último certame para o MCTI foi realizado em 2012. Organizado pelo Cespe (hoje conhecido como Cebraspe), o certame foi destinado ao provimento de 551 vagas para os cargos de Analista em Tecnologia Pleno 1 (nível superior), Tecnologista Pleno 1 (nível superior) e Assistente em Ciência e Tecnologia (nível médio).

Os candidatos, na época, foram avaliados por meio das seguintes etapas:

  • Prova objetiva;
  • Prova prática discursiva: nota técnica (cargos de nível superior);
  • Prova prática discursiva: estudo de caso (cargos de nível superior);
  • Prova prática discursiva: redação (nível médio); e
  • Avaliação de títulos.

Bancada da família: Congresso tem 30% de parentes de políticos

Levantamento do Diap mostra que 183 deputados e senadores desta legislatura têm familiares que já exerceram mandatos

Ser parente de político, se não torna mais curto o caminho até a vitória nas urnas, oferece ao menos um bom empurrão. De acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), 183 deputados e senadores que iniciaram esta legislatura têm parentes na política, volume que corresponde a 30% do Congresso. A ligação consanguínea mais recorrente é a filiação, demonstrando que o capital político de pai e mãe é herança valiosa para quem aspira a vida pública.

Estão no Nordeste os cinco estados com maiores representações familiares. Na Paraíba, aproximadamente dois terços dos parlamentares eleitos tinham sobrenomes já conhecidos. Em Pernambuco, o índice chegou a 64%, seguido por Alagoas, onde metade da bancada tem familiares na política. Em quarto no ranking está a Bahia, com 48%.

No Maranhão (43%), a força eleitoral da família Rodrigues é tamanha que o casal Detinha (PL-MA) e Josimar Maranhãozinho (PL-MA) conquistou duas cadeiras na Câmara dos Deputados.

— Nós já tínhamos uma base eleitoral forte por termos sido prefeitos ao mesmo tempo em municípios vizinhos. Deixei esse voto mais consolidado com a Detinha e fui buscar apoio onde ainda não tinha tanta entrada — detalha Maranhãozinho.

Dos 594 congressistas, 95 parlamentares estão dando continuidade à trajetória política já iniciada pelo pai. Alguns deles, inclusive, dividindo os corredores do Congresso com os antecessores. É o caso do deputado federal Otto Alencar Filho (PSD-BA), filho do senador Otto Alencar (PSD-BA).

— Fui votado em 396 municípios, até em lugares que não fiz campanha. Obviamente que isso tem influência do nome do senador, que levantou não só a minha votação como a de todos os deputados federais que estavam ligados a ele — avalia Otto Alencar Filho.

Nem sempre, no entanto, o fôlego é suficiente. Eduardo Cunha direcionou o capital político que conquistou quando foi presidente da Câmara para a filha Dani Cunha (União-RJ), eleita para o primeiro mandato na Casa, mas fracassou na conquista de uma vaga para si por São Paulo.

Sob o ponto de vista histórico, é a família Andrada que está há mais tempo no Congresso, com representantes eleitos desde o fim do Império.

— Manter essa tradição de 200 anos é um orgulho e uma responsabilidade. Assim como o sobrenome pode beneficiar, um erro ou a transgressão de um familiar pode refletir nos outros integrantes — pontua o deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), atual representante da família.

FONTE: Jornal Extra. Para acessar matéria completa clique aqui

TEM VÍDEO: Criminosos invadem escola e levam pânico a estudantes

Uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que ocorre na comunidade da Nova Holanda, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, prendeu 16 criminosos na manhã desta quarta-feira (5). Segundo a Polícia Militar, os presos negociaram a rendição após invadirem uma escola da região. Três fuzis, quatro pistolas e nove granadas também foram apreendidos. De acordo com as secretarias de Educação do estado e do município, as escolas da região não tiveram aulas.

A operação, de acordo com a PM, é para verificar o paradeiro e capturar criminosos de outros estados que estariam escondidos na região. Na incursão, criminosos fugiram para uma unidade de ensino, onde equipes do Bope negociaram a redição e efetuou as prisões.

Segundo o setor de inteligência da corporação, criminosos deram ordens “para que a população local se dirigisse à escola para evitar a retirada de criminosos do local. Houve necessidade de uso de equipamentos de menor potencial ofensivo para coibir princípio de distúrbio civil”, diz trecho da nota da PM. Até as 11h, as equipes também já tinham apreendido cinco rádios comunicadores e cerca de três quilos de maconha ao longo da operação.

De acordo com a Secretaria estadual de Educação, duas unidades da região não abriram nesta quarta-feira “por precaução”, para preservar a integridade de servidores e alunos, mas que o Ciep em que os criminosos foram presos é do município.