Autor da morte de jornalista da Globo é encontrado morto

Elias Maluco foi condenado pela morte do jornalista da Globo Tim Lopes

O traficante Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, se recusou a ser atendido por seus advogados na tarde desta terça-feira no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O criminoso foi encontrado morto em sua cela na unidade de segurança máxima. A informação foi confirmada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) por volta das 18h.

De acordo com a advogada Lucéia Macedo, ela e um colega chegaram ao presídio por volta das 16h para atenderem Elias. Na unidade, receberam a informação de que ele havia se recusado a ser atendido. Os advogados pediram que os agentes penitenciários insistissem com o detento, mas não conseguiram ter acesso ao traficante.

“Apenas quando chegamos na cidade Cascavel, voltando de Catanduvas, vimos uma notícia de que ele havia morrido. As informações extraoficiais são de que ele teria cometido suicídio, mas não temos confirmação. Estranhei demais a postura dele de recusar atendimento. Eu o defendia há dois anos e isso nunca havia acontecido”, afirma Lucéia.

Em nota, o Depen, responsável pela administração dos presídios federais, informou que o local foi preservado até a chegada da Polícia Federal, que foi acionada para realização da perícia. O comunicado não esclarece se os indícios são de morte violenta, natural ou suicídio. Ainda de acordo com o departamento, a família de Elias foi comunicada pelo serviço social da unidade.

MORTE DE TIM LOPES

Condenado pela morte do jornalista Tim Lopes, Elias Maluco estava em presídio federal de segurança máxima desde 2007, quando foi enviado o primeiro grupo de presos do Rio, integrantes da maior facção criminosa do estado, para Catanduvas. Desde então, ele passou por outras unidades, como a de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Em 2017, ele retornou para o presídio no Paraná.

Elias Maluco é o segundo preso do Rio encontrado morto em presídio federais nos últimos cinco meses. Em abril, Paulo Rogério de Souza Paz, conhecido como Mica, foi encontrado morto em uma cela na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde cumpria pena. A suspeita é de que Mica tenha se suicidado com um lençol em sua cela.

Filha de desembargador provoca acidente e flagrada com cocaína

Celeste Maia, socialite paraibana e filha de desembargador causou acidente de trânsito

Na noite do último domingo (13), um carro de luxo em alta velocidade invadiu uma ciclofaixa na cidade de João Pessoa (PB). Uma ciclista precisou pular da bicicleta para evitar o atropelamento e o marido dela caiu da bicicleta com o susto. A motorista é Celeste Maia, socialite paraibana e filha do desembargador Paulo Maia.

A mulher não prestou socorro e continuou em alta velocidade pela rua da orla da cidade. Alguns quilômetros à frente, ela perdeu o controle do carro e provocou um outro acidente.

O automóvel que a socialite dirigia, avaliado em R$ 300 mil, estava com a documentação atrasada. Celeste Maia também estava com a CNH vencida.

Ao ser presa, Celeste Maia se recusou a fazer o exame do bafômetro. No carro da socialite, a polícia informou que foi encontrada uma quantidade de cocaína. A ciclista que pulou da bicicleta apresentou ferimentos leves.

Levada para o presídio feminino Júlia Maranhão, Celeste Maia resistiu a entrar na cela, recusou o café da manhã e o almoço oferecidos na penitenciária e disse que ali não era lugar para ela estar. As informações são da imprensa local.

FIANÇA DE R$ 5,2 MIL

A socialite passou menos de 24 horas presa e foi solta sob fiança de R$ 5,2 mil pelo juiz André Ricardo de Carvalho Costa. Na decisão, o magistrado confirmou que Celeste Maia estava sob efeito de álcool e pontuou que uma pequena quantidade de cocaína foi encontrada no carro dela. A proibição de consumo de drogas ilícitas foi incluída nas medidas cautelares apresentadas na autorização de soltura.

“Consta que ela apresentava claros sinais de embriaguez, tais como sonolência, desordem nas vestes, odor etílico e dispersão. Consta também que a autuada estava com a habilitação suspensa e o veículo com licenciamento atrasado. Ainda, foi encontrada, na bolsa da autuada papelotes semelhantes a cocaína, tendo ela se negado a realização do exame de alcoolemia”, aponta André Ricardo.

Queridinha da internet é processada por racismo, mas nega

Cantora Luísa Sonza é processada por racismo, mas nega a acusação

Luísa Sonza está sendo processada por ato de racismo, e rebateu as acusações em seu perfil no Twitter, na quinta-feira, 17. Segundo a advogada Isabel Macedo de Jesus, a cantora cometeu o crime, em setembro de 2018, durante um festival gastronômico em Fernando de Noronha, na Pousada Zé Maria. A informação foi obtida primeiro pelo Canal em off.

De acordo com o processo, Luísa Sonza teria agredido a advogada com um tapa e ordenado que ela lhe servisse água. Porém, Isabel não era funcionária do estabelecimento. O processo está no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na 19ª vara cível, e a autora pede uma indenização por danos morais tanto de Luísa Sonza quanto da Pousada.

“Ocorre que, durante o festival, houve uma apresentação musical da Primeira Ré (Luísa Sonza), estando a a autora (Isabel) em uma mesa próxima ao palco onde a artista se apresentava. Todavia, ao passar pela cantora, enquanto se dirigia ao banheiro, a Autora foi agredida com um tapa no braço pela Primeira Ré e ordenada em tom ríspido a providenciar um copo d’água”, afirma trecho do processo.

De acordo com o texto do processo, “sem entender o que estava acontecendo, a Autora ainda pediu que a Primeira Ré repetisse, pois não havia compreendido a abordagem. Foi quando a artista, novamente, no mesmo tom ríspido, ordenou que a Audora buscasse um copo de água, pois ela estava com sede. Estarrecida, a Autora ainda se deu o trabalho de lhe explicar que era uma cliente do estabelecimento e não funcionária do local, como se não fosse crível que uma mulher negra pudesse estar naquele restaurante na qualidade de cliente”.

Todos os funcionários da pousada estariam uniformizados e por isso, Isabel, voltou a questionar Luísa Sonza, segundo a acusação de racismo.

“Ao ser indagada por qual motivo acreditou que a autora fosse funcionária do local, uma vez que todos os funcionários estavam uniformizados, a Primeira Ré (Luísa Sonza) se esquivou, não deixando dúvidas que sabia que havia feito um julgamento preconceituoso em razão dos traços raciais da Autora”. Luísa Sonza teria ficado surpresa que Isabel não era funcionária do local.

Pelo Twitter, a cantora se defendeu das acusações. “Gente, tudo isso é MENTIRA! Não acreditem nisso! Eu jamais teria esse tipo de atitude. Vocês me conhecem bem, sabem qual é meu caráter, minha índole. Eu jamais ofenderia outra pessoa por conta da cor de sua pele. Jamais! Essa acusação é absurda, escreveu.

ASSESSORIA DA CANTORA NEGA

A assessoria de imprensa de Luísa Sonza emitiu uma nota e afirmou que as afirmações são falsas. “A assessoria jurídica da artista Luísa Sonza, através do seu advogado José Estavam Macedo Lima, vem a público informar que tomou conhecimento do referido processo pela mídia.

Que a cantora até a presente data não foi citada de nenhuma ação que venha a lhe imputar o fato que está sendo noticiado. Que as acusações são falsas, inverídicas e vêm em um momento oportunista em razão do crescimento exponencial da carreira da artista. Informa, ainda, que nunca ofendeu ou discriminou qualquer pessoa.

Causa estranheza as acusações de racismo, pois até a presente data a artista não recebeu qualquer notificação das autoridades policiais sobre a suposta investigação. Todas as medidas administrativas e judiciais serão adotados para proteger a honra e a intimidade da artista”.

FONTE: Catraca Livre

ÚLTIMA HORA: Juiz da Lava Jato é condenado pelo TRF da 2a Região

Juiz Bretas participou de evento ao lado do presidente e do prefeito do Rio

Sérgio Rodas, Conjur – Ao participar de eventos ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, demonstrou uma desnecessária proximidade com políticos, comprometendo sua imparcialidade com magistrado.

Com esse entendimento, o Órgão Especial do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES) concluiu, por 12 votos a 1, nesta quinta-feira (17/9), que Bretas praticou os atos de superexposição e autopromoção e o condenou à pena de censura.

Em 15 de fevereiro, Bretas participou, ao lado de Bolsonaro e Crivella, da inauguração da ligação da ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha e de um evento religioso na praia de Botafogo. No Twitter, negou que tivesse violado regras da magistratura. “Em nenhum momento cogitou-se tratar de eventos político-partidários, mas apenas de solenidades de caráter técnico/institucional (obra) e religioso (culto)”.

“Vale notar que a participação de autoridades do Poder Judiciário em eventos de igual natureza dos demais Poderes da República é muito comum, e expressa a harmonia entre esses Poderes de Estado, sem prejuízo da independência recíproca”, complementou.

O relator do caso, desembargador Ivan Athié, afirmou que os eventos não tinham nada a ver com o Judiciário. Portanto, a ida a eles ao lado de Bolsonaro e Crivella representou sua proximidade com os políticos, o que coloca em xeque sua imparcialidade. Até porque o juiz fez questão de divulgar os eventos em suas redes sociais.

Athié também apontou que Bretas entrou em contradição ao alegar que não sabia que haveria a inauguração da ligação da ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha, mas só o culto evangélico. Isso porque o próprio juiz federal anexou em sua defesa documento do gabinete pessoal da Presidência da República que informava a ocorrência do evento. Dessa maneira, o relator entendeu que Marcelo Bretas praticou os atos de superexposição e autopromoção.

No entanto, o magistrado avaliou que o juiz não exerceu atividade político-partidária. Afinal, acompanhar presidente ou prefeito em inauguração de obra pública fora do período eleitoral não configura essa infração, conforme precedente do Conselho Nacional de Justiça.

O vice-presidente da corte, desembargador Messod Azulay Neto, ressaltou que Marcelo Bretas não poderia ir aos eventos. O motivo disso é que ele passou a imagem de representar o Judiciário, o que só poderia ser feito pelo presidente do TRF-2, Reis Friede, ou quem fosse indicado por ele.

Na visão de Azulay Neto, a presença de Bretas em eventos ao lado de Bolsonaro e Crivella representa, sim, apoio a esses políticos. O desembargador também criticou a exposição excessiva do juiz federal.

“Eu não sei dizer o nome, por exemplo, do juiz da ‘lava jato’ de São Paulo ou de Brasília. Nunca vi os desembargadores Abel Gomes, relator, Paulo Espírito Santo, revisor, ou Ivan Athié, que integram a 1ª Turma Especializada do TRF-2 [que julga processos da operação], se manifestarem sobre qualquer processo da ‘lava jato’. Isso é um comportamento adequado.”

O desembargador federal Guilherme Couto de Castro afirmou que o procedimento administrativo disciplinar contra Bretas não enfraquece a operação “lava jato”, e sim reforça a imagem republicana do Judiciário.

Por sua vez, a desembargadora Simone Schreiber disse que diversos corregedores do TRF-2 alertaram Bretas sobre o risco de seu comportamento para a imagem da Justiça.

“Por cuidar da ‘lava jato’, que tem vários políticos envolvidos, a sua [de Bretas] responsabilidade é aumentada. Ele deve se conduzir de maneira reservada, se preservar, não permitir que políticos capitalizem para si resultados da ‘lava jato’. Não pode parecer que está dando apoio a segmentos políticos. Isso gera descrédito sobre a atuação do tribunal”, avaliou Simone.

Ela também opinou que magistrados não deveriam ter poder para decidir a destinação de recursos recuperados em processos. Segundo a magistrada, isso permite uma aproximação indevida de juízes com políticos, como ocorreu com Bretas e militares, como Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, e políticos, como Crivella.

De acordo com Simone Schreiber, o presidente está sempre em atividade politico-eleitoral. E Crivella irá disputar a reeleição neste ano.

Derrota para o SBT liga o alerta na Rede Globo

Equipe do Flamengo é a atual campeã da Copa Libertadores

Grupo Globo vem passando por transformações nos últimos anos. A emissora criou um núcleo único para esportes e a ordem, agora, segundo um executivo ouvido pela reportagem, é reavaliar todos os contratos. O que não for mais benéfico financeiramente deve ser renegociado. Se não for possível baixar o valor, não haverá renovação.

O foco ficou nos direitos nacionais, que são mais rentáveis. Perder a Libertadores, porém, foi um golpe. O torneio é um produto de prateleira A, com potencial de índices históricos de audiência. Um executivo ouvido pela reportagem disse que a emissora “ganhou uma dor de cabeça por dois anos e meio” sem o evento.

A emissora carioca sabe: mesmo escalando jogos do Brasileirão para disputar no Ibope, em fases agudas, o SBT terá resultados expressivos com o campeonato mais importante da América do Sul.

Assim que as notícias de que o SBT havia fechado um acordo, rolou um “eu avisei” da área esportiva entre executivos. Alguns nomes da emissora ficaram surpresos com o contrato fechado com a emissora de Silvio Santos. As informações eram que as concorrentes estavam em situação financeira difícil por causa da pandemia. Coube à Globo traçar uma estratégia de manutenção de danos para as quartas-feiras à noite e reduzir a cobertura em reportagens que faz da competição.

Como tudo o que ocorre no SBT, as decisões da diretoria surpreendem até os seus funcionários. Até junho, o canal de Silvio Santos tinha interesse zero em esporte. Mas por uma questão também política, o Flamengo entrou em contato com a diretoria para que a transmissão da final do Campeonato Carioca entre o rubro-negro e o Fluminense. E aí os olhos da TV brilharam.

Com bom faturamento, 11 pontos de audiência em São Paulo e 25 no Rio e picos de 35 na Cidade Maravilhosa, o Carioca acendeu a luz esportiva do SBT. Algumas semanas depois, Silvio Santos soube a audiência de Ceará x Fortaleza, pela semifinal da Copa do Nordeste — 28 pontos com picos de 34 na capital cearense – e pediu informações mais informações sobre o torneio. Ficou impressionado: dos 22 jogos exibidos da Copa do Nordeste, 12 venceram a Globo.

Em 2020, o SBT Nordeste triplicou o dinheiro pago aos clubes usando apenas as cotas publicitárias, que aumentaram e foram compradas apenas por anunciantes grandes. Se antes do Carioca o discurso era de “situação pontual”, depois dos fatos listados acima, virou um “podemos voltar se tivermos novas oportunidades”. E ela veio quando a Conmebol ofereceu a todos os canais de TV aberta os direitos da Libertadores.

Inicialmente vendo o cenário com cautela, o SBT percebeu que poderia pagar o torneio se a entidade aceitasse um valor mais em conta. E conseguiu: fechou contrato até 2022 pagando um mínimo de US$ 15 milhões, que pode aumentar e ficar entre 18 e 22 milhões de dólares a depender dos anunciantes.

Rapidamente, a emissora criou um núcleo de esportes e o colocou sob o comando de Tiago Galassi, ex-Band e ligado aos e-Sports recentemente. Téo José, o narrador do Fla-Flu, foi contratado por dois anos. E o que vier daqui para frente é lucro para o canal de Silvio Santos.

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