Homem morre em hospital e família só descobre após 50 dias

Hospital Salgado Filho alega não ter conseguido contato com a família

No Rio de Janeiro, uma família só descobriu a morte de um paciente internado com suspeita de covid-19 mais de 50 dias depois. Paulo César dos Santos Oliveira tinha dado entrada no hospital no dia 25 de junho, e desde então, parentes não tiveram mais contato com ele, já que pacientes infectados não recebem visita.

A filha do paciente, Tainara Oliveira, no entanto, contou que recebia notícias do Hospital Salgado Filho, informando que o homem estava bem. Ela diz que chegou a ir inúmeras vezes lá para levar peças de roupa para o pai.

A morte só foi descoberta na última quarta-feira, 19, porque Tainara tentou ver o pai. “Entrei lá, olhei leito por leito e ele não estava lá. Aí, a enfermeira falou: você vai na recepção e pede para puxarem o nome dele para saber onde ele está. Quando fui à recepção, ele não estava mais no sistema. E aí fiquei preocupada”, contou em entrevista ao Bom dia Rio, da TV Globo.

De acordo com o prontuário do hospital, Paulo César dos Santos Oliveira morreu  no dia 1° de julho e foi enterrado no dia 5 deste mês. A filha não entende como isso possível, pois os documentos do pai estão com ela.

O Hospital Salgado Filho informou que não conseguiu contato por telefone e chegou a enviar um telegrama para a família do paciente no mesmo dia do óbito. Em nota, a direção da unidade informou que está investigando o caso.

Redes sociais deverão pagar direitos autorais a veículos de imprensa

Proposta está em discussão em Brasília

O senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPMI das Fake News, apresentou um projeto de lei que propõe que redes sociais e outros grandes portais e aplicativos agregadores de notícias tenham que pagar direitos autorais aos veículos de imprensa que tiverem reportagens publicadas nestas plataformas.

Na justificativa do projeto de lei, o senador argumenta que “gigantes da tecnologia têm se utilizado de notícias produzidas por veículos de comunicação, sem que estes sejam remunerados para isso”. “Grandes portais agregadores de notícias e redes sociais lucram alto com a venda de publicidade, sendo que esses valores não chegam aos produtores de conteúdo”, diz.

A proposta inclui na lei de direitos autorais um novo artigo contendo a previsão desse pagamento. Pelo texto, o titular de direitos de publicação de imprensa colocada à disposição do público na internet poderá notificar o provedor de aplicações de internet, requerendo a remuneração “quando o provedor de aplicações de internet exercer essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos em território nacional”.

Confira matéria completa em congresso em foco

 

Semana de decisões para a educação publica no Brasil

Fundeb passará a ser permanente se proposta for aprovada
Foto: Hedeson Alves

Senadores se mobilizam pela votação da proposta que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), marcada para esta quinta-feira (20). Para o relator da PEC 26/2020, senador Flávio Arns (Rede-PR), o assunto é urgente, já a validade do Fundeb expira no dia 31 de dezembro.

“Temos que ter não só a aprovação da PEC, mas várias regulamentações daquilo que aprovarmos dentro do Congresso Nacional. Esperamos que a promulgação seja o passo seguinte e urgente para que a sociedade fique mais segura e tranquila sabendo que a educação básica está sendo bem valorizada”, afirmou o relator.

Além de tornar o Fundeb permanente, a proposta amplia em até 23% a participação da União no financiamento da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio. Arns deu parecer favorável, sem mudanças, ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados. Segundo ele, o governo participou de todo o entendimento do texto.

— Estamos sempre discutindo com o governo, e eu próprio já me coloquei a disposição do Ministério da Educação, assim como a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), para trabalharmos juntos na regulamentação.

Redes sociais 

O líder da Minoria, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a semana é decisiva para a educação brasileira. Randolfe afirmou ainda que vai defender a manutenção do Custo Aluno-Qualidade (CAQ) no Fundeb.

“Precisamos fortalecer a escola pública e garantir condições para o desenvolvimento dos nossos alunos! Mobilização total!”, disse ele no Twitter.

O líder do PDT, senador Weverton (MA), também disse ser favorável ao CAQ.

“Compreendemos que através do CAQ nós poderemos pensar, de forma organizada e planejada, a verdadeira infraestrutura e o investimento que todo estudante precisa. Até para que possam ter as condições iguais ou pelo menos próximas de quem tem acesso a escola da rede privada.”

O líder do PT, senador Rogério Carvalho (PT-SE), afirmou que a bancada está unida para garantir a renovação do Fundeb.

“Investir na educação pública significa reduzir as desigualdades sociais e projetar esperança. Se queremos de fato proteger o povo brasileiro, temos que investir nas creches e escolas públicas. A educação é a melhor arma para a transformação da realidade.”

Rogério criticou ainda o governo federal e seu tratamento à educação.

“Se já não bastasse Bolsonaro tentar boicotar o Fundeb, agora anuncia um dos menores orçamentos da história para educação brasileira. Já o orçamento para armas cresce. Bolsonaro tira livros das mãos dos nossos jovens e entrega violência. Revoltante!”

Os senadores Cid Gomes (PDT-CE), Ciro Nogueira (PP-PI), Zenaide (Pros-RN) e Fabiano Contarato (Rede-ES) também demonstraram apoio à PEC.

“Sei, por experiência própria, que a educação de qualidade pode transformar a vida de uma pessoa. Por isso, apoiarei o Fundeb e todas as melhorias para a educação brasileira, desde a creche até a universidade”, afirmou Contarato no Twitter.

Já o senador Lasier Martins (Podemos-RS) quer uma mudança no texto da Câmara.

“Assinei com o senador Tasso Jereissati e outros colegas uma emenda para garantir aos estados e municípios tempo para se adaptarem à limitação de gastos com salários de aposentados, incluída no novo Fundeb.”

Votação
Como é uma PEC, o texto precisa ser aprovada em dois turnos de votação, obtendo pelo menos 49 votos favoráveis em cada turno. O Fundeb é hoje a principal fonte de financiamento da educação básica no Brasil.

Fonte: Agência Senado

Médico tenta por fim em festa de vizinho e acaba sendo agredido

Médico mostrou rosto com hematomas resultado da agressão

Um médico de 41 anos afirma que foi agredido por um empresário no dia 20 de junho deste ano, no condomínio Península, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, ao tentar acabar com uma festa que ocorria durante a madrugada no apartamento vizinho ao seu. O profissional de Saúde, que prefere não ter seu nome divulgado, relata que levou um soco de Fernando Trabach Gomes Filho, de 27 anos, apontado por ele como locatário do imóvel. O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca).

Ao EXTRA, o médico contou que desde maio, quando Fernando passou a morar no apartamento, são realizadas inúmeras festas no local, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, nos eventos há aglomeração e música alta durante a madrugada. Além disso, os convidados transitam sem máscaras pelo condomínio. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, é um dos moradores do Península.

O médico relata que os eventos já foram alvo de diversas denúncias por parte de vizinhos, e, segundo ele, o empresário foi multado pelo condomínio. Em uma ocasião, em maio, ele afirma ter conseguido conversar com Fernando para que uma festa terminasse. No início da madrugada de 20 de junho, ele afirma ter ido novamente ao apartamento para falar com o vizinho.

Pedi para um funcionário do prédio me acompanhar (ao apartamento). Chegando lá, eu disse a ele (Fernando) que a música estava muito alta e que eu tinha plantão no dia seguinte, mas ele estava extremamente agressivo e falou obscenidades da minha mãe e minha esposa. em seguida, me deu um soco, quebrou meu óculos e abriu meu supercílio – relata o médico, que depois da agressão chamou a Polícia Militar e o síndico.

Segundo relatos do médico e também dos policiais que atenderam a ocorrência, Fernando recusou-se a ir para a delegacia, alegando que o PM não possuía uma ordem judicial para encaminhá-lo para a unidade. Segundo os policiais, Fernando foi alertado de que isso não era necessário, pois se tratava de um caso de flagrante, uma vez que ele estava sendo acusado pelo vizinho de uma agressão que acabara de acontecer.

Ainda segundo o depoimento dos policiais na 16ª DP, após um período de resistência, Fernando concordou em ir para a delegacia. No entanto, afirmou que estava sem os documentos e disse que iria até em casa buscá-los. O empresário acabou não retornando e não foi levado para a unidade.

Mesmo sem a presença de Fernando, o caso foi registrado na 16ª DP. Apesar dos relatos dos policiais e testemunhas sobre a negativa do empresário de ir para a delegacia, a assessoria de imprensa do advogado Carlos Felipe Guimarães, que defende Fernando, alegou ao EXTRA que não foi constatado qualquer crime pelos policiais militares que atenderam a ocorrência. “Caso acontecesse, seria dada voz de prisão e todos os envolvidos seriam conduzidos à delegacia”, diz o comunicado da assessoria.

Confrontada com as informações sobre as tentativas de levar o empresário para a delegacia, a assessoria acrescentou que contesta a informação. O advogado alega ainda que não houve festa ou aglomeração no apartamento de Fernando.

Xingamentos e ameaças

Ainda em seu depoimento na delegacia, um dos policiais militares que foram acionados para o prédio afirmou que Fernando chegou a afirmar que ele estava “comprando barulho errado” e também que o PM não sabia com quem estava lidando, pois ele ligaria para a corregedoria.

O EXTRA teve acesso a um vídeo que foi filmado pelo médico agredido. Na gravação, que foi entregue à polícia, ele não aponta o celular para o empresário e outros presentes, e durante quase todo o tempo filma o chão. No entanto, é possível ouvir parte da discussão que estava ocorrendo no corredor do prédio após a chegada da PM.

Um dos diálogos, segundo o médico, ocorreu entre Fernando Trabach e o síndico. “Deixa eu falar uma coisa pro senhor? Eu não lhe perguntei porra nenhuma, então cale a sua boca, seu velho de merda”, diz o empresário. O síndico então responde que oito apartamentos ligaram reclamando de Fernando. “Faz um favor pra mim, gagá? Mande a multa, mande a multa”, retrucou o empresário.

Outro diálogo no vídeo, segundo o médico, ocorre entre Fernando e um dos policiais militares. Nele, é possível ouvir quando um homem, que seria o empresário, afirma que não irá para a delegacia. “Cadê o mandado? Desculpa. Vai ficar na vontade”.

Em outro momento, o homem diz para o policial que ele é seu funcionário. “Eu não sou seu funcionário. Sou funcionário da população do estado do Rio de Janeiro”, retruca o PM.

Procurado pelo EXTRA, o síndico Dirceu Castro confirmou que foi acionado com a chegada dos policiais no dia 20 de junho e também que se desentendeu com Fernando naquela ocasião. Ele, no entanto, afirma que não considera ter sido ofendido.

– Tenho 71 anos, sou velho mesmo – desconversa.

Questionado sobre as denúncias de festas realizadas no apartamento do empresário, Dirceu disse que as constatações foram de som alto. Sobre outras ocasiões em que Trabach foi multado, ele disse ao EXTRA que não poderia falar sobre o assunto.

Veja matéria completa em Extra.globo.com

Servidora do Palácio do Planalto morre em decorrência da covid-19

No Palácio do Planalto vários servidores ja foram contaminados

Aservidora do Palácio do Planalto Maria Helena Ribeiro Maier é a primeira vítima que trabalhava na sede do Poder Executivo federal a perder a vida para a Covid-19. Ela morreu na madrugada de segunda-feira (17) após apresentar complicações da doença.

A cerimônia de despedida está marcada para as 11h desta terça-feira (18/8), no crematório Jardim Metropolitano, em Valparaíso de Goiás.

Maria Helena era especialista em políticas públicas e gestão governamental da Secretaria de Governo da Presidência. Servidora de carreira do Ministério da Economia, atuava na Secretaria Especial de Assuntos Federativos desde 2011, cedida pelo órgão de origem.

De acordo com a última atualização da Secretaria-Geral da Presidência sobre servidores infectados, 178 dos 3,4 mil funcionários haviam contraído o novo coronavírus.

Por fazer parte do grupo de risco, Maria Helena, assim como todos os outros servidores com mais de 60 anos ou com comorbidade, estava em regime de home office, conforme informou o Palácio do Planalto.