Cai apoio a Bolsonaro em rede social, aponta pesquisa da FGV

Saída do ministro da saúde abala base de apoio de Bolsonaro
Foto: Michael Melo/Metrópoles

A crise causada pela saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde fez o campo de apoio a Bolsonaro recuar para apenas 12% no Twitter. Com 1,27 milhão de menções na rede social em apenas quatro horas, 65% do debate sobre o governo foi ocupado por manifestações da oposição. Os dados são da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP).

A demissão de Nelson Teich fez o debate sobre governo superar as discussões sobre a pandemia de covid-19. Nos grupos públicos de WhatsApp observados pela FGV, o pedido de demissão do Ministro da Saúde foi tema de quatro dentre os cinco links mais compartilhados.

Assim como nas demissões de Moro e do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, o episódio envolvendo Teich inflou a base partidária de oposição ao governo na sexta (15) ‒ que registrou um aumento de quase 160% de participação no debate geral no Twitter, em relação ao dia anterior. Os ataques miram diretamente o presidente Jair Bolsonaro, acusado de forçar a demissão de Teich em função da sua resistência ao uso da hidroxicloroquina, cuja prescrição tem sido fortemente defendida pelo presidente como principal medida de combate ao novo coronavírus.

Encabeçada pelo presidente @jairbolsonaro, pelos deputados federais @carlazambelli38 e @bolsonarosp, pelo presidente do PTB, @blogdojefferson, e pelo influenciador @leandroruschel, a base de apoio ao governo no Twitter, por outro lado, se concentra em reiterar a urgência da aprovação da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19 e em reivindicar o fim do isolamento social.

Cena de nudez em videoconferência com presidente Bolsonaro

Bolsonaro foi supreendido durante reunião com cena de nudez

O presidente Jair Bolsonaro pediu que o ministro Paulo Guedes (Economia) interrompesse a teleconferência que aconteceu nesta quinta-feira (14) de manhã com empresários para avisar que um dos participantes estava aparecendo pelado, tomando banho.

“Dá uma parada aí, Paulo. Ô, Paulo, tem um colega do último quadrinho ali que tá…”, disse o presidente, que estava em uma sala no Palácio do Planalto, ao lado de Guedes, acompanhando por vídeo relatos de empresários.

O ministro, então, respondeu: “Tem um cara tomando banho aí. Tem um peladão aí. Fazendo isolamento peladão em casa e tal, beleza”. Depois, acrescentou: “O cara foi ficando com calor e foi tomar um banho frio”. O mediador do encontro, presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ficou constrangido com a situação e pediu desculpas pelo incidente.

Bolsonaro disse, rindo, depois, que era um “quadro bastante sinuoso”. “Mas nós vimos, infelizmente.” No encontro, do qual participaram diversos grandes empresários, como Abilio Diniz e Rubens Ometto, o presidente declarou que há uma verdadeira “guerra” contra os governadores pela abertura do comércio e pediu que o setor jogue pesado com eles.

Matéria da colunista Mônica Bergamo

Bolsonaro despenca em pesquisa e se complica

Bolsonaro vê dia base popular ruir em tempos de coronavírus

SÃO PAULO (Reuters) – A desaprovação ao desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro e a avaliação negativa do governo registraram um salto em maio, mostrou pesquisa do instituto MDA para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgada nesta terça-feira.

De acordo com o levantamento, a avaliação ruim ou péssima do governo subiu para 43,4%, ante 31% registrados em janeiro deste ano.

A avaliação positiva foi para 32%, ante 34,5% em janeiro, enquanto a regular caiu para 22,9%, ante 32,1%.

A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

Já a desaprovação do desempenho pessoal de Bolsonaro subiu para 55,4%, de 47% anteriormente, enquanto a aprovação caiu para 39,2%, em comparação a 47,8% em janeiro.

A pesquisa mostrou ainda que 51,7% aprovam a atuação do governo federal no combate à pandemia de Covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus que já matou mais de 11 mil pessoas no país, ao passo que 42,3% desaprovam. Mas a aprovação do desempenho dos governos estaduais na pandemia é significativamente maior, de 69,2%, contra uma desaprovação de 26,8%.

Bolsonaro tem entrado em atrito frequente com governadores e criticado duramente as medidas de isolamento social, adotadas pela maioria dos países e preconizadas por autoridades de saúde, pela maior parte da comunidade científica e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para frear a disseminação do vírus.

O presidente tem afirmado que essas medidas terão forte impacto econômico e defendido que apenas as pessoas que pertencem ao grupo de risco para a Covid-19 —idosos e pessoas com comorbidades, como diabéticos, cardiopatas e hipertensos— sejam isolados.

De acordo com a CNT/MDA. 67,3% defendem o isolamento social para todos, enquanto 29,3% acham que ele deveria ser feito somente pelos integrantes do grupo de risco, e 2,6% acreditam que não deve haver isolamento social nenhum.

Diante do quadro de pandemia, o levantamento mostrou que houve uma piora acentuada nas expectativas da população em temas como emprego, renda, saúde e educação.

Para 68.1% a situação do emprego nos próximos meses vai piorar —eram 18,9% em janeiro—, ao passo que 15,1% acreditam que vai melhorar —contra 43,2% em janeiro— e 14,4% entendem que ficará igual —contra 35,4%.

Sobre a expectativa de renda mensal, apenas 8,8% apostam em melhora —eram 34,3% em janeiro— ao passo que 46,7% esperam piora —contra 11%— e 41,6% apostam em manutenção —ante 51,8%.

Mais da metade dos entrevistados, 52,3%, acredita que a saúde do país vai piorar —contra 24,8% em janeiro—, 23,3% esperam melhora —eram 30,5%— e 22,7% apostam que permanecerá da mesma forma —ante 42,6%.

Na educação, 14,1% esperam melhora —36% em janeiro—, 47,4% apostam em piora —21,4% na pesquisa anterior— e 36,5% acreditam que a situação permanecerá estável —ante 40,5%.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre os dias 7 e 10 de maio, em 494 municípios de 25 Unidades da Federação.

Por que Bolsonaro não quer mostrar resultado do exame pra Covid-19?

Bolsonaro ao lado do vice-presidente General Mourão
foto: reprodução internet

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (3) que não vai apresentar o resultado de seus exames para covid-19. O jornal O Estado de S. Paulo obteve na Justiça Federal o direito de ter acesso aos testes feitos pelo presidente em março. Bolsonaro disse que se sentirá “violentado” se tiver de apresentar o exame. O prazo para a entrega dos resultados vence hoje. Segundo o presidente, a Advocacia-Geral da União “deve ter recorrido” da decisão.

“Você sabe que se nós dois tivermos com uma doença grave nós não somos obrigados a divulgar o laudo. Isso é uma lei. E a lei vale pra todo mundo, está ok? A AGU deve ter recorrido, e se nós perdermos o recurso, daí vai ser apresentado. E vou me sentir violentado. A lei vale para o presidente e para o mais humilde cidadão brasileiro”, disse a jornalistas no Palácio da Alvorada nesta manhã.

Em março, pelo menos 22 integrantes da comitiva presidencial aos Estados Unidos foram infectados pela covid-19.O presidente fez testes, disse que o resultado foi negativo, mas se recusou a mostrar os papéis.

Matéria completa: congressoemfoco.uol.com.br

Briga entre Bolsonaro e Moro poderá beneficiar ex-presidente Lula

Briga entre Moro e Bolsonaro vai para no Supremo Tribunal
Imagem/Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 1729515

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou que pretende levar a julgamento o processo em que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro é acusado pela defesa do ex-presidente Lulade ter atuado de forma parcial na Lava Jato.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Mendes afirmou que vai reapresentar a causa para análise dos colegas assim que a corte voltar a ter sessões presenciais.

Críticas a Bolsonaro

Na conversa, o ministro criticou as manifestações a favor de uma intervenção militar no Brasil e disse que as Forças Armadas não podem ser utilizadas como milícias.

“Não se pode brincar com as instituições, não se pode brincar de tiranetes, de ditadura. Quem diz isso: ‘ah, nós vamos usar as Forças Armadas para fechar o Supremo ou fechar o Congresso’ está usando as Forças Armadas, que são instituições do Estado, como se fossem suas milícias. Isso é absolutamente impróprio e injurioso para com as próprias Forças Armadas”, afirmou Gilmar.

O ministro fez esse comentário ao responder à pergunta sobre o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter participado, no último dia 19, de manifestações que defendiam uma intervenção militar no país e a reedição de um AI-5, ato institucional que, em 1968, endureceu a repressão da ditadura.

Fonte: conversa afiada.com.br