Produção de peixe pode ser proibida em todo Brasil

Cultivo da Tilápia pode ser proibido no Brasil por se tratar de espécie invasora

Uma proposta feita pela Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), sugere incluir a tilápia, peixe de cultivo controlado de que o Brasil é o quarto maior produtor do mundo, na lista de espécies exóticas invasoras. Se aprovada, a medida poderia proibir o cultivo da espécie no país.

A proposta foi apresentada no dia 3 de outubro, em reunião do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (Conape), a partir de uma minuta que sugeria a inclusão, além da tilápia, de outras espécies de peixes não nativas do Brasil na Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras.

A espécie é originária do continente africano, mas foi introduzida e passou a ser cultivada no Brasil para fins comerciais na década de 1970, sob autorização do órgão de regulação do meio ambiente, o Ibama, em regime de licenciamento ambiental.

Cultivada hoje em psiculturas de cativeiro, caso consiga escapar dos centros de criatório e acessar rios e represas, a tilápia, que se reproduz muito rapidamente, pode ser prejudicial ao equilíbrio ambiental, competindo com espécies nativas por alimentos, extinguindo espécies menores essenciais ao equilíbrio trófico, predando ovos e impactando a nutrição dos viveiros a partir da captura de fósforo, que pode degradar a qualidade hídrica.

Além disso, a produção intensiva utiliza rações ricas em fósforo e nitrogênio, nutrientes que, quando lançados em excesso na água, provocam eutrofização, processo que estimula o crescimento descontrolado de algas. De acordo com dados do MapBioma, no relatório Água, de 2023, viveiros de tilápia localizados próximos a reservatórios hidrelétricos, como o de Itaipu, já apresentam sinais de degradação ambiental relacionados ao despejo de ração e dejetos das criações na região.

A cadeia produtiva depende de insumos industrializados, como ração e alevinos geneticamente modificados, e pode contribuir com a redução da diversificação da piscicultura brasileira em detrimento de espécies nativas, como o tambaqui.

Segundo um levantamento setorial do BNDES em parceria com a Embrapa, em 2019, a espécie correspondia a 52% de toda a produção da aquicultura brasileira e era quase inteiramente comercializada no mercado interno. Na exportação, o Brasil ocupa o sexto lugar na América Latina, atrás de Honduras, Guatemala e Costa Rica.

SETOR DOBRA PRODUÇÃO

Em 2023, a aquicultura gerou uma receita de R$ 10,2 bilhões ao Brasil, com destaque para a tilápia. Já em 2024, de acordo com dados da Associação de Piscicultores em Águas Paulistas e da União (Peixe SP), a produção total de tilápias foi de 662.230 toneladas no Brasil (o equivalente a cerca de 68% da piscicultura nacional).

A minuta da Conabio deve ser votada no dia 9 de novembro, e o setor piscicultor, que mais do que dobrou a produção do peixe em 2024, opõe-se a uma decisão favorável à classificação.

Em nota, a secretária executiva da Peixe SP, Marilsa Patrício Fernandes, que representa o setor, afirmou que a associação reconhece “a inquestionável importância da proteção da biodiversidade nativa, pilar essencial para o desenvolvimento do país”, mas enfatizou que classificar o peixe como espécie invasora, “no contexto de uma atividade zootécnica consolidada, licenciada e altamente tecnificada, constitui equívoco de graves consequências, que poderá gerar impactos socioeconômicos irreversíveis sem, entretanto, representar solução efetiva às questões ambientais.

Príncipe inglês participou de orgia com menores, diz livro de vítima

Virginia Giuffre, com o príncipe Andrew e Ghislaine Maxwell — Foto: Reprodução/Florida Southern District Court

Virginia Giuffre, que acusou o príncipe Andrew de abuso sexual quando ela era menor, afirmou no seu livro póstumo que o membro da realeza britânica participou de uma “orgia” com ela e outras oito adolescentes.

A americana, que tirou a própria vida em abril, aos 41 anos, alegou no seu livro de memórias que perdeu um bebê apenas quatro dias após participar da “orgia”. O príncipe Andrew rejeitou veementemente todas as acusações sexuais feitas contra ele.

Segundo Virginia, o encontro com ela e as outras menores, que não falavam inglês, ocorreu em “Little Saint Jeff’s”, apelido da ilha caribenha de Jeffrey Epstein, Little St. James. A americana relatou que “não estava bem” após a “orgia” e que acordou “numa poça de sangue”, segundo um trecho da obra revelada pelo “Daily Mirror”.

Ela disse que nenhum dos homens para quem foi traficada usava preservativo, embora não haja evidências que sugiram que Andrew fosse o pai do bebê que ela perdeu.

No livro, que será lançado na terça-feira (21/10), Virginia contou também que Andrew pediu que ela se vestisse com roupas inspiradas nas cantoras Britney Spears e Christina Aguilera no primeiro encontro, quando tinha 17 anos. A americana era fãs das estrelas da música, fato que teria chegado ao conhecimento do príncipe.

Virginia conheceu Epstein na propriedade de Donald Trump em Mar-a-Lago (Flórida, EUA), e trabalhou para ele como “massagista” em 2000. Quando Virginia chegou à mansão de Epstein em Palm Beach, ela conta que ele estava deitado, nu, e Ghislaine Maxwell, companheira, cúmplice do financista e atualmente condenada por tráfico de menores, ensinou-lhe como massageá-lo.

“Eles pareciam pessoas legais, então eu confiei neles e disse a eles que tinha passado por momentos muito difíceis na minha vida até então. Eu tinha fugido de casa, tinha sido abusada sexualmente, tinha sofrido abuso físico. Essa foi a pior coisa que eu poderia ter dito a eles, porque agora eles sabiam o quão vulnerável eu era”, afirmou a americana, acrescentando que, depois que Ghislaine a apresentou a Epstein, os dois rapidamente começaram a prepará-la para prestar serviços sexuais, sob o pretexto de que ela seria treinada como massagista profissional.

A vítima se pronunciou sobre os abusos sofridos por Epstein vários anos depois e fez campanha por justiça até a morte do bilionário em 2019, numa cadeia em Nova York (EUA), por suicídio, de acordo com a versão oficial. A americana foi à Justiça contra Andrew, Epstein e Ghislaine.

Andrew acabou firmando um acordo extrajudicial multimilionário com Virginia, encerrando o processo sem admitir culpa. A repercussão levou o príncipe a se afastar das funções oficiais da monarquia britânica.

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Trump pode expor podres da Lava Jato e de Deltan Dallagnol

Ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol pode ser exposto pelo EUA

247 – Movimentações recentes no Departamento de Justiça dos Estados Unidos, sob o governo do presidente Donald Trump, reacenderam discussões sobre uma possível reabertura do caso Odebrecht — medida que, segundo analistas, pode trazer à tona informações comprometedoras sobre a Lava Jato e seus principais protagonistas, entre eles Deltan Dallagnol.

De acordo com o Jornal GGN, a eventual revisão do acordo de leniência firmado pela Odebrecht em 2016 aproxima a jurisdição americana do aparato judicial brasileiro, criando um cenário que pode expor práticas irregulares, alinhamentos políticos e eventuais abusos cometidos durante a operação.

Nos bastidores, setores da extrema direita comemoram a possibilidade de retomada do caso, acreditando que ela poderia atingir adversários ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT). No entanto, especialistas avaliam que a iniciativa pode também expor o papel controverso de procuradores e juízes da Lava Jato, além de evidenciar a interferência de autoridades estrangeiras em processos conduzidos no Brasil.

A revisão do acordo de leniência pode reabrir o debate sobre a legalidade das provas produzidas, os métodos de investigação e as conexões entre o Ministério Público Federal e o Departamento de Justiça norte-americano. Segundo juristas ouvidos pela reportagem, uma eventual divulgação de documentos inéditos poderia confirmar denúncias já conhecidas sobre cooperação informal e violações de soberania.

A possibilidade de que Trump utilize o tema em sua agenda política, num momento de crescente tensão diplomática e eleitoral, adiciona um componente geopolítico à controvérsia. Para observadores, a reabertura do caso Odebrecht pode transformar-se em um duplo revés: para a credibilidade da Lava Jato e para as relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.

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Apresentador Ratinho pode ser preso por suposta fake news

Apresentador Ratinho terá que provar uso da Lei Rouanet pelo cantor Chico Buarque

O apresentador Carlos Massa, conhecido como Ratinho, o youtuber Thiago Asmar — do canal Pilhado — e a suplente de vereadora Samantha Cavalca (PP-PI) terão de provar na Justiça declarações feitas contra Chico Buarque ou se retratar publicamente no prazo de cinco dias. A decisão é do juiz Victor Agustin Cunha Jaccoud Diz Torres, da 41ª Vara Cível do Rio de Janeiro, proferida na quinta-feira (2).

A ação judicial foi movida pelo cantor e compositor após os três associarem, sem provas, seu engajamento político ao suposto recebimento de recursos da Lei Rouanet. Segundo Chico, ele nunca recebeu verbas públicas por meio desse programa de incentivo cultural.

O magistrado afirma que Chico Buarque tem direito à retificação da informação, uma vez que alega serem objetivamente falsas as afirmações difundidas.

Liberdade de expressão e direito à honra

Em seu despacho, o juiz reconhece que o caso envolve a colisão entre dois princípios constitucionais — liberdade de expressão e proteção à honra e à privacidade. “Embora a crítica política seja legítima e amparada pela Constituição, não há espaço para a disseminação de informações falsas”, escreveu.

E prosseguiu: “O autor exerce seu direito à retificação de informações que reputa objetivamente inverídicas. (…) Nem os réus poderiam defender seu direito a mentir – pelo menos, a mentira em contexto não ficcional, sedizente jornalístico ou de comentário político.”

A condenação serve como um freio à impunidade e um recado de que a liberdade de expressão não é uma carta branca para caluniar, difamar e espalhar desinformação.

Retratação ou provas

Pela decisão, Ratinho, Asmar e Cavalca terão de se retratar “pelos mesmos meios de divulgação” utilizados para propagar as acusações, salvo se conseguirem demonstrar em juízo que Chico recebeu recursos da Lei Rouanet ou de gestões do Partido dos Trabalhadores.

O magistrado alertou que, caso descumpram a ordem judicial, os três poderão ser enquadrados por crime de desobediência — situação que, em tese, poderia justificar prisão em flagrante. A condenação serve como um freio à impunidade e um recado de que a liberdade de expressão não é uma carta branca para caluniar, difamar e espalhar desinformação.

Multa e indenização

Na ação inicial, Chico Buarque pede indenização de R$ 50 mil de cada réu. O juiz ainda não se pronunciou sobre o mérito do pedido de reparação financeira, apenas concedeu a liminar para exigir provas ou retratação. Também determinou que a petição inicial seja emendada para esclarecer se o cantor busca condenação solidária ou individual dos acusados.

Ratinho já foi condenado

‘Ratinho’, foi condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) ao pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 200 mil pela inobservância de normas trabalhistas relativas a saúde e à segurança do trabalho em uma fazenda de Limeira do Oeste. Entre as irregularidades apontadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) estão a não concessão de intervalo para repouso e alimentação, a ausência de equipamentos de segurança (EPIs), local para refeições e sanitários adequados e a contratação irregular da mão de obra.

Confira a informação no vídeo abaixo

 

HISTÓRIA INSPIRADORA: atenção e sapatilhas novas

A história eu vi no Instagram da @ramyriasantiago, jornalista da cidade de Codó, a cerca de 300 quilômetros da capital maranhense. Um olhar carinhoso ajudou a transformar o sonho de um jovem  em realidade.

Amante do esporte que sou, assim que li o texto entrei em contato com a jornalista e ela autorizou a reprodução.

De uma sapatilha em 2018 ao Mundial de Tóquio em 2025: a história de Guilherme Viana

O ano era 2018. Aos 17 anos, cheio de sonhos, o jovem codoense Guilherme Viana procurou ajuda. Ele precisava de uma sapatilha original de atletismo para competir, mas não sabia como conseguir, não tinha dinheiro

Naquela época, ele me procurou, Ramyria Santiago, e eu vi a força de vontade brilhando nos olhos daquele garoto. Movida por esse sonho, resolvi ajudar. Liguei para meu amigo César Pires, então deputado estadual, e contei a situação:

“César, precisamos comprar uma sapatilha para um jovem atleta da cidade de Codó. Esse tipo de calçado não vende aqui, mas em São Luís tem. Ele é bom e precisa da nossa força”.

César não mediu esforços. Ligou imediatamente para seu assessor, Reginaldo, e logo depois me retornou:

“Ramyria, acabei de comprar. Estou mandando entregar em Codó para você repassar ao atleta”.

No dia seguinte, fiz questão de ir pessoalmente até a escola Lúcia Bayma e surpreendi Guilherme com a sapatilha que seria o pontapé inicial de sua trajetória.

Confesso que, com o tempo, acabei esquecendo dessa história do ano de 2018. Mas a vida deu voltas, e dias atrás fui surpreendida pelo próprio Guilherme com uma mensagem que me emocionou profundamente:

“Boa tarde! Você lembra da sapatilha de atletismo que você conseguiu pra mim em 2018 quando eu estudava no Lúcia Bayma? Então, só passando pra agradecer e dizer o quão importante foi aquela sapatilha pra mim. Mudou a minha vida. Muito obrigado. Quando eu for aí em Codó, faço uma visita 🫱🏿‍🫲🏾❤️.

Hoje, Guilherme não é apenas orgulho do Maranhão ou do Brasil. Ele é um dos melhores do mundo!

E a prova disso aconteceu nesta segunda-feira, 15 de setembro de 2025, quando o codoense brilhou no Mundial de Atletismo, em Tóquio, Japão, local onde ele está agora!
Competindo nos 400 m com barreiras, Guilherme fez o melhor tempo da sua carreira: 48s69. O resultado garantiu a classificação para as semifinais.

Aos 25 anos, Guilherme carrega consigo a essência de um sonho que começou em Codó — e que hoje inspira o mundo.