Aprenda como vencer licitações! Especialista aborda O assunto

Em 2024, o governo federal contratou R$ 27,64 bilhões em licitações.

Anualmente, o mercado de licitações movimenta bilhões na economia nacional, fomentando, inclusive, o mercado de trabalho no Brasil. Só para ter uma ideia, em 2024, o governo federal contratou R$ 27,64 bilhões em licitações.

Entretanto, para vencer uma licitação é necessário atender a vários critérios, como o domínio das documentações, investimento nas melhores estratégias para conseguir oportunidades no mercado e a capacidade de gerenciar o processo licitatório do início ao fim.

Diante desse cenário, o especialista Emanuel Sabino Ferreira lança o curso Analista em Licitação, que capacita profissionais para atuar estrategicamente nesse mercado.

Referência no setor há 12 anos, Sabino entende que o curso tem muita relevância para os interessados nesse mercado. “O aluno sai capacitado para licitar para si próprio ou para as empresas, além de existir a opção de se formar um analista de licitação.”

O curso

Com dois dias de duração, o curso cobre dois módulos de estudo.

Inicialmente, o aluno aprenderá sobre o cadastro nos processos de licitação. Depois, o curso segue para a parte prática. O conteúdo também abrange a Nova Lei de Licitações e Contratos e a Lei nº 14.133/2021.

O idealizador do curso destaca que o material é completo e diferente de tudo que já é oferecido no mercado.

“O diferencial do curso é a experiência e o conteúdo. Vamos entregar todas as áreas para a pessoa saber gerenciar uma licitação. Ela vai acompanhar do início ao fim, e poderá acompanhar recurso, habilitação e desclassificação”, explica.

 

A escolha de um Papa que durou mais de três anos

Cardeais se preparam para escolha do sucessor do Papa Francisco

Guillermo D. Olmo – BBC News Mundo

Na quarta-feira, 7, começa o conclave que irá escolher o sucessor do papa Francisco (1936-2025). A eleição papal irá seguir as regras básicas estabelecidas há vários séculos. O papa Gregório 10º (1210-1276) foi quem determinou que os cardeais encarregados de eleger o líder máximo da Igreja Católica deveriam ser encerrados e isolados do mundo exterior, para poderem tomar uma decisão tão relevante.

Algumas regras sofreram modificações ao longo dos séculos. Mas as bases essenciais estabelecidas no século 13 se mantêm em vigor até os dias de hoje. Gregório 10º sequer era sacerdote quando foi eleito papa. Seu pontificado durou apenas cinco anos (1271-1276), mas ele se tornaria um dos papas mais transcendentais da história.

Em meados do século 13, a Cristandade estava profundamente dividida. Desde o século 11, a vida na Europa era marcada pela disputa entre o papado e o império formado pelo rei dos francos, Carlos Magno (742-814).

Este era o mundo quando, no dia 29 de novembro de 1268, morreu em Viterbo o papa Clemente 4º (1190-1268). Na época, Viterbo pertencia aos Estados Pontifícios, que ultrapassavam em muito as fronteiras do atual Vaticano. Hoje, a cidade faz parte da Itália. Seguindo a tradição, os cardeais eleitores se deslocaram para o lugar onde morreu o papa para eleger seu sucessor.

Mas os cardeais estavam divididos em dois grupos, que refletiam as tensões daquele momento. Por um lado, um grupo de cardeais italianos se alinhava com os interesses do Império. Eles eram conhecidos como gibelinos.

Por outro, os cardeais franceses não aceitavam que o enorme poder político, econômico e religioso da Igreja Católica da época ficasse sob o controle do Sacro Império Romano Germânico. Eram chamados de guelfos.

A rivalidade era tão grande que meses se passaram, sem que os cardeais conseguissem chegar a um acordo. Nenhum candidato conseguia a maioria qualificada necessária, o que prolongava a duração do conclave. A eleição duraria quase três anos – o mais longo conclave da história da Igreja Católica.

Cansados de esperar por um desfecho, os governantes da cidade de Viterbo encerraram os cardeais no palácio onde eram realizadas as reuniões. Eles chegaram a limitar a quantidade diária de alimento, para forçar os eleitores a chegar a um acordo.

‘Personagem menor’

Por fim, o conclave acabou elegendo o arquidiácono Teobaldo Visconti, que nunca havia sido ordenado sacerdote. Naquele momento, ele estava em cruzada contra os muçulmanos, na cidade de São João de Acre, no Oriente Médio.

“Por que eles escolheram um personagem menor que, além disso, estava no outro lado do mundo é um mistério que não conseguimos solucionar com as fontes disponíveis”, afirma Rodríguez de la Peña.

Visconti era italiano. Apesar de não ter recebido as ordens sacerdotais, ele havia conhecido e trabalhado com muitos cardeais franceses em diversas funções. Por isso, ele tinha muito bons contatos e “podemos especular que talvez tenha sido eleito como um candidato de compromisso”, segundo o historiador espanhol.

Mas a interrupção ocorrida na Igreja Católica não se encerrou imediatamente. Visconti levou meses para regressar da Terra Santa – e também precisou ser ordenado sacerdote e nomeado bispo de Roma antes de ser coroado papa.

Uma vez no trono de São Pedro, “Gregório 10º demonstrou que seria um papa independente, que não se deixaria pressionar e acabou fazendo um bom papado”, conta Rodríguez de la Peña.

O novo papa tentou curar as feridas internas da Igreja Católica. Ele procurou o entendimento com a Igreja Ortodoxa e destacou a importância de encerrar as Cruzadas com a reconquista da “Terra Santa”.