São Paulo — Depois de ter sido vítima de uma fake news “plantada” pela ex-mulher, um pedreiro de 44 anos que vivia em Jarinu, no interior de São Paulo, conseguiu escapar do Tribunal do Crime do Primeiro Comando da Capital (PCC) fugindo de ônibus e buscando ajuda na delegacia da cidade.
O pedreiro havia sido “sentenciado” pelo chamado “tabuleiro” depois que sua ex-companheira disse a criminosos do PCC que ele estaria vendendo drogas em áreas controladas pela facção. Segundo a Polícia Civil, a mulher inventou a história para ficar com a casa do ex-marido, com quem tem dois filhos.
De acordo com as investigações, a vítima foi submetida ao tribunal do crime em Jundiaí, cidade vizinha a Jarinu, na última quinta-feira (19/9), ocasião em que foi condenada à morte. Antes do cumprimento da “sentença”, contudo, o pedreiro conseguiu fugir, atravessou correndo a região central e embarcou em um ônibus intermunicipal.
Em seguida, o homem foi até a delegacia de Jarinu, onde pediu ajuda à equipe do delegado Felipe Bueno Carbonari.
A falsa denúncia
As diligências policiais mostram que a ex-mulher do pedreiro, a motorista de aplicativo Bianca Larissa dos Santos Ferreira, de 28 anos, fez um vídeo para incriminá-lo. Na gravação, ela manuseia uma sacola aparentemente com drogas.
Ao enviar o registro para membros do PCC, a mulher afirma que o ex-companheiro estaria vendendo drogas “sem a autorização” da facção. Bianca conseguiu convencer o ex-marido a ir de Jarinu até o Morro São Camilo, em Jundiaí, onde seria realizado o “julgamento” ou “tabuleiro”.
O disciplina da área
Enquanto a vítima era levada para o local, Luís Fernando Silva de Souza, o Nando, de 36, recebeu a ordem de julgar o pedreiro. Ele atuava na região como disciplina do PCC há cerca de três meses.
Os disciplinas são os responsáveis por garantir o cumprimento das regras impostas nas regiões dominadas pela facção e por punir eventuais “infratores” — por meio de espancamentos, quebra de membros, ou com a morte.
PARA LER MATÉRIA COMPLETA ACESSE METROPOLES.COM OU CLIQUE AQUI