Atriz Regina Duarte passou apenas 77 dias no governo Bolsonaro foto: REUTERS/Adriano Machado
Regina Duarte ficou apenas 77 dias como Secretária da Cultura do governo Bolsonaro. Sua passagem pela atual gestão federal foi marcada por gafes e apatia.
A atriz foi atacada pelos próprios aliados do governo — mais especificamente, pela chamada ‘ala ideológica’ bolsonarista. Humilhada quase que diariamente e desprezada pelo próprio presidente, Regina não aguentou e jogou a toalha.
A coluna Radar, da Revista Veja, afirmou no mês de julho que a atriz confidenciou a amigos próximos ter interesse em compor o elenco do próximo trabalho de Gloria Perez, mas foi descartada pela autora.
Na Rede Globo, Regina Duarte recebia um salário de R$ 60 mil. O valor aumentava nos períodos em que a atriz estava no ar em novelas.
Na quinta-feira (6), o jornalista Ricardo Feltrin confirmou que Regina vem sinalizando e até conversando com amigos sobre o seu desejo de retornar à sua antiga emissora.
Por conta da informação, o nome de Regina foi parar nos assuntos mais comentados do Twitter. “Regina Duarte fez muito sucesso como protagonista em novelas. Jogou tudo no lixo ao aceitar um papel de coadjuvante num caso especial com o terrível Bolsonaro”, comentou um internauta. Outro perfil na mesma rede social fez o post abaixo.
Regina Duarte não está contribuindo com a leveza dela. É uma pena, então vamos relembrar esse vídeo mítico e muito leve: pic.twitter.com/RHhugN5NiR
Adoniran Barbosa foi um dos gênios da música brasileira
Como não ter uma baita de uma reiva de ir em um samba quando não encontremo ninguém? Ainda mais se esperava tomar uma frechada do olhar da pessoa amada. Um coração que vira uma taubua de tiro ao álvaro, que não tem mais onde frechar. Não adianta. Tem que ir embora, o último trem é agora às 11 horas. Em ritmo de diversão e nostalgia, os versos e os batuques ternos de Adoniran Barbosa (nome artístico de João Rubinato), que nasceu em 6 de agosto de 1910 (há 110 anos, em Valinhos-SP), ousavam.
Ele criou um tipo de samba paulistano que enaltecia a memória e o cotidiano de imigrantes pobres e seus descendentes. Gente de sotaque misturado e italianado, com as dificuldades dos operários que ajudavam a construir a maior cidade do Brasil. Canções que traziam temática social, como a falta de habitação, a saudade e as dores da maloca. A música que fez o país identificar bairros como Brás, Mooca, Bixiga, Jaçanã e Casa Verde, por exemplo, é reconhecida como marco na história do samba, legado de um artista que brincava com os plurais e se consagrou como singular. Para quem estudou o sambista, tem outras coisa, vortemo ao acervo e ao tempo. Ói nois aqui traveiz, como cantava. Adoniran morreu em 1982.
Para o cineasta Pedro Serrano, que dirigiu o filme Adoniran – Meu nome é João Rubinato, ainda hoje visitar e ouvir a obra do músico é reconhecer uma identidade nacional. “É muito importante que pessoas que não tiveram contato (como os mais jovens) possam saber mais sobre quem foi o artista”, disse em entrevista à Agência Brasil. Serrano afirma que se aproximou da história de Adoniran desde a infância. Inicialmente, realizou o curta metragem de ficção Dá licença de contar, baseado em personagens da música Saudosa Maloca.
O documentarista, de 33 anos de idade, revela que tem um projeto no forno para transformar esse curta em um longa, para explorar mais personagens e a riqueza da obra do sambista. “Tem que saber falar errado” “Eu sempre gostei de samba. Ninguém queria nada com as minhas letras. Tem que saber falar errado”, dizia o artista. O sucesso na música veio na década de 1950 quando o grupo Demônios da Garoa cantou Saudosa Maloca. Em 1964, Trem das Onze levou o grupo ao auge. Em 1980, a consagrada cantora Elis Regina emprestou nova interpretação para Tiro ao álvaro.
“Eu faço samba dos meus bairros”. O programa Na trilha da história, da Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação, traz trechos do acervo que destacam a irreverência e o pensamento do artista. No mesmo programa, veiculado em fevereiro deste ano, o cineasta Pedro Serrano, diretor do documentário sobre Adoniran, explica as invenções como em Samba do Arnesto (1953). “Ernesto existiu mesmo, mas a história não foi como está na música”. Ernesto jura que nunca falhou com o compromisso com Adoniran. A história foi criada pelo sambista.
Serrano conta que Adoniran foi rejeitado inicialmente como cantor. “Ele entra na rádio como locutor de carnaval. Fazia de uma forma bem humorada e assim ele se destaca, se torna depois uma grande estrela como radioator cômico”. O cineasta detalhou também a importância da parceria com o grupo Demônios da Garoa, que ecoou as canções. “Eles fizeram com que Saudosa Maloca (música de 1951) ficasse conhecida. Inicialmente, a música não fez sucesso algum. A interpretação diferente, que era gaiata, se tornou um sucesso”. A música, que conta a história de um despejo, ganhou novo tom. O diretor reconhece que Elis Regina (que morreu também em 1982) trouxe um olhar sensível e até melancólico para a música de Adoniran.
A obra de Adoniran também foi visitada pelo programete História Hoje, da Rádio Nacional. Na edição, um dos destaques é que, em São Paulo, o músico participou de programas de calouros no rádio, quando escolheu o nome artístico em homenagem ao seu melhor amigo e ao cantor Luis Barbosa, ídolo do sambista. O caminho do sucesso começou em 1934 com a música Dona Boa. Ele conquistou o primeiro lugar no concurso carnavalesco promovido pela cidade de São Paulo. Em seguida, trabalhou por mais de 30 anos na Rádio Record como ator cômico, discotecário e locutor.
A TV Brasil também destacou que Adoniran cantou a cidade de São Paulo como ninguém. “Prefiro falar peguemo do que pegamos. Prefiro falar fumo do que fomos”, apontou o sambista. A reportagem mostra as homenagens que o artista recebeu no bairro do Bixiga, onde há, inclusive, um busto de Adoniran. Confira abaixo a reportagem
Por falar em história e nostalgia, outra reportagem da TV Brasil destacou o que seria o “trem das 11”, imortalizado na canção de Adoniran. A estrada de ferro, que passa pelo bairro da Jaçanã, tinha um percurso do centro de São Paulo até Guarulhos, na região metropolitana. O trajeto funcionou por mais de 50 anos. “Mas o trem das 11 não existia. O acerto que Adoniran fez foi para a música”, diz Sylvio Bittencourt, que mantinha um museu no Jaçanã com a história do lugar.
Em 2018, Adoniran recebeu homenagem póstuma como Cidadão Paulistano. O compositor, que homenageou a cidade com letras trocadas e batuques em ritmo irreverente, inventava histórias e palavras. A ficção era a construção artística para falar “errado” e do que passava à sua volta. Manuel Bandeira, na década de 20, também enalteceu a linguagem das ruas: “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo, na língua errada do povo. Língua certa do povo”. Confira mais no acervo da EBC, a melancolia e a graça din-din donde nóis passemo dias feliz de nossa vida, como é a arte imortal de Adoniran.
Busto de Adoniran Barbosa no centro da capital Paulista
ator Gésio Amadeu morreu na tarde desta quarta-feira (5), aos 73 anos, por complicações da covid-19. Ele já estava internado em um hospital na cidade de São Paulo desde o fim de junho.
Mario Amadeu, filho do ator, confirmou a informação em suas redes sociais. Amigos e familiares chegaram fazer uma campanha nas redes sociais pedindo que doassem sangue para ele.
“Meu pai acabou de falecer. Falência múltipla de órgãos. Por hora, somente essa informação. Assim que possível, postaremos mais. Obrigado”.
Entre seus trabalhos de destaque, Gésio fez sucesso como cozinheiro Chico, na novela “Chiquititas”, exibida pelo SBT em 1997, além de viver o Tio Barnabé na versão de 2007 do “Sítio do Picapau Amarelo” na TV Globo. A última novela em que atuou foi “Velho Chico”, em 2016.
Preço do combustível deverá subir 1,5% nas bombas de gaolina
A nova gasolina, que estreou na segunda-feira (3), deve ser R$ 0,06 mais cara, segundo o governo. Isso significa um aumento de cerca de 1,5% em comparação com o preço médio atual (R$ 4,144). Técnicos independentes avaliam que o novo combustível é melhor e rende até 6% mais. Quer dizer que você vai gastar menos no final das contas? Depende.
Existem muitos fatores. Primeiro, esses valores são médios: você pode pagar essa gasolina mais cara ou mais barata. Hoje você já pode estar gastando mais porque abastece com um combustível de qualidade e não vai sentir grande diferença no rendimento e no preço. De qualquer forma, uma simulação com carro 1.0 mostra que hoje, com R$ 100, ele roda 335 km na cidade. A nova gasolina, com os mesmos R$ 100, rodaria 349,9 km.
Quais são as melhorias da gasolina?
São principalmente dois pontos, como explica o engenheiro mentor de Tecnologia e Inovação para Energia a Combustão da SAE Brasil, Everton Lopes: “Principalmente na questão da densidade, em tese, [o combustível terá] mais energia por litro de gasolina comprado. Isso se traduz, no final do dia, em uma maior autonomia. Deve trazer o benefício por volta de 3%, 4%, até 5%do consumo atual“.
Agora, a densidade mínima é 715 kg/m³. Ou seja: cada litro de gasolina deve pesar, no mínimo, 715 gramas. Não havia essa regra antes. “Outro fator é a octanagem, que ajuda o carro a ter um desempenho mais próximo àquele que foi projetado de fato.”
A gasolina brasileira precisava ter 87 octanas. Segundo as novas regras, esse valor passou para 92 octanas, de acordo com a metodologia RON. Para 2022 o índice será de 93 octanas.
Lopes explica ainda que os motores funcionarão de maneira mais próxima do que é especificado pelas fabricantes. A gasolina vendida ao público, quando não segue os mesmos padrões das montadoras nos testes, pode não entregar o rendimento esperado. Com a melhoria do combustível, o veículo irá se comportar de maneira mais homogênea.