Três policiais militares morrem com suspeitas de coronavírus

Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio – Divulgação / Polícia Militar

Três PMs morreram por suspeita de infecção pelo novo coronavírus (covid-19) desde a última sexta-feira no Rio. Dois deles estavam internados no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio, região central da cidade.
Foi na unidade de saúde, aliás, que a sargento Carla do Nascimento Dias, de 46 anos, morreu na última quarta. A morte da técnica em Enfermagem é a única até então confirmada pela PM como de um militar da corporação com covid-19. Atualmente, a corporação informa que há 34 policiais infectados pela doença. Na quinta, eram 18.
Das últimas três mortes, a mais recente foi do sargento Robson Santana Nascimento, 40, neste domingo. Ele deu entrada no HCPM na segunda-feira da semana passada e, de acordo com a Polícia Militar, a causa de sua morte foi por insuficiência respiratória e pneumonia viral. O agente foi submetido ao teste do coronavírus, mas o resultado ainda não saiu.
O sargento era lotado no 24º BPM (Queimados) e estava na PM há 18 anos. Ele era casado e deixa um filho. O sepultamento de seu corpo será feito às 15h de hoje, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste.
SEGUNDA MORTE
O outro caso de PM morto com suspeita de covid-19 nos últimos dias é do sargento Jorge Luís Lessa, 49, que era lotado no Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE). O militar estava internado no HCPM desde o último dia 10, mas piorou na quinta-feira passada, quando foi transferido para a UTI da unidade.
O sargento faleceu na manhã de sexta, após uma parada cardiorrespiratória. Ele também fez o teste para detectar o novo coronavírus, mas a Polícia Militar ainda aguarda o resultado.
O PM estava na corporação desde 2000, era casado e deixa dois filhos. Ele foi sepultado na própria sexta, no Cemitério Parque da Paz, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do estado.
TERCEIRA MORTE
O terceiro policial militar morto com suspeita da doença nos últimos dias foi o sargento Jerônimo Rodrigues Gaspar, 48, que morreu na manhã deste domingo, em Saquarema, na Região dos Lagos. O PM passou mal em casa e foi socorrido no Posto de Saúde de Jaconé, onde faleceu.
O sargento estava afastado do trabalho desde o último dia 11, quando foi atendido no HCPM e diagnosticado com suspeita da covid-19. Ele era lotado no BPRv e estava na PM há 21 anos.
O militar deixa esposa e uma filha. Seu sepultamento será feito às 15h de hoje, no Cemitério Jardim.
FONTE: https://meiahora.ig.com.br

O sofrimento de quem desliga os respiradores das vítimas da Covid-19

Milhares de mortes em todo mundo causadas por síndrome respiratória

O acesso a um respirador pode ser a diferença entre a vida e a morte de alguns pacientes mais graves com covid-19.

Os respiradores os ajudam a obter oxigênio para os pulmões e liberar o dióxido de carbono quando já não conseguem fazer isso sozinhos.

Mas quando essas máquinas respiratórias não podem salvá-los, as equipes médicas de todo o mundo enfrentam algumas decisões difíceis quanto à interrupção do tratamento de pacientes.

“Desligar o respirador é um momento muito traumático e doloroso. Às vezes, sinto que sou um pouco responsável pela morte de alguém”, diz Juanita Nittla.

Ela é a enfermeira-chefe da UTI (unidade de terapia intensiva) do hospital Royal Free, em Londres.

Nascida no sul da Índia, Nittla trabalha no NHS (o serviço público de saúde do Reino Unido) há 16 anos, como enfermeira especialista em terapia intensiva.

“O desligamento dos respiradores faz parte do meu trabalho”, disse a enfermeira de 42 anos à BBC durante seu dia de folga.

ÚLTIMO DESEJO

Durante a segunda semana de abril, assim que Nittla entrou no trabalho em seu turno da manhã, o assistente da UTI disse que ela teria que interromper o tratamento para uma paciente com covid-19.

Essa paciente também era enfermeira, na casa dos 50 anos. Nittla falou com a filha da paciente sobre o processo.

“Eu assegurei a ela que sua mãe não estava sofrendo e parecia muito confortável. Também perguntei sobre os desejos e necessidades religiosas de sua mãe.”

Na UTI, os leitos são colocados um ao lado do outro. Sua paciente terminal estava cercada por outros que também estavam inconscientes.

“Ela estava em um compartimento com 8 camas. Todos os pacientes estavam muito doentes. Fechei as cortinas e desliguei os alarmes dos equipamentos. A equipe médica também ficou em silêncio.

“As enfermeiras pararam de falar. A dignidade e o conforto de nossos pacientes é nossa prioridade”, diz Nittla.

Após o pedido da família da paciente, Nittla reproduziu um vídeo de um computador. Então ela desligou o respirador.

“Sentei-me ao lado dela segurando as mãos dela até que ela faleceu.” Contou a enfermeira.

Matéria completa pode ser acessada https://www.bbc.com/portuguese

Justiça Federal determina novas datas para o Enem

Possibilidade de contágio do novo coronavírus pode adiar provas do Enem

A jutiça de São Paulo determinou que o governo reveja as datas do Enem, incluindo os dias de realização do exame e os prazos para a solicitação de isenção da taxa de inscrição.
A reportagem do site jurídico Jota destaca que “de acordo, com a determinação judicial, o cronograma deve ser adequado à “realidade do atual ano letivo” por meio de uma comissão ou consulta, de forma a dar ciência a todos os órgãos e representantes dos Poderes necessários à medida.”
A matéria ainda acresenta que “a decisão foi tomada em uma ação civil pública movida pela Defensoria Pública da União. O argumento é o de que “como consequência deste grave problema de saúde pública [pandemia do coronavírus], escolas fecharam e aulas presenciais foram suspensas”. A Defensoria pondera que “as condições de ensino à distância para os estudantes brasileiros são desiguais”. A petição inicial é assinada pelo defensor Regional de Direitos Humanos, João Paulo de Campos Dorini, e pelos defensores públicos federais Viviane Ceolin Dallasta Del Grossi e Alexandre Mendes Lima de Oliveira.

FONTE: Brasil247

Nada de cloroquina, Estados Unidos apostam em Remdesivir contra Covid-19

Remédio vem tendo resultados promissores contra o novo coronavírus

Antiviral Remdesivir demonstra eficácia em pacientes em estado grave, mas farmacêutica Gilead Sciences pede cautela, pois estudo não está concluído. Informações “vazaram” de conversa entre pesquisadores.

Um grupo de pacientes infectado com o coronavírus Sars-Cov-2 e tratado com o medicamento Remdesivir mostrou uma rápida recuperação em sintomas como febre e dificuldades para respirar, informou o site de medicina americano Stat nesta quinta-feira (16/04).

A notícia fez disparar as ações da empresa fabricante, a Gilead Sciences, e impulsionou as bolsas de valores em todo o mundo, incluindo a de Frankfurt.

Segundo o site, a maioria dos pacientes que tomaram parte no estudo, em Chicago, teve alta em poucas semanas. Apenas dois morreram. O estudo foi feito com 125 pacientes, dos quais 113 gravemente doentes.

Pesquisadores de um hospital da Universidade de Chicago que participaram dos estudos sobre o medicamento antiviral relataram ter observado melhoras rápidas em sintomas como febres e dificuldades respiratórias.

A instituição, porém, afirmou que a notícia sobre a eficácia do medicamento se baseia em informações de conversas de pesquisadores em debates internos, que foram vazadas sem autorização.

A Gilead afirmou que “a totalidade dos dados deve ser analisada para que se possa fazer quaisquer conclusões sobre os testes”. O UChicago Medicine, o centro médico da universidade, afirmou que “dados parciais sobre um teste clínico em andamento são, por definição, incompletos e jamais devem ser utilizados para se chegar a conclusões”.

A Gilead aguarda para o final de abril os resultados da terceira fase do estudo em pacientes humanos com infecções graves de covid-19. Dados adicionais sobre a pesquisa deverão estar disponíveis em maio.

A Universidade de Chicago é um dos 152 locais que participam dos testes realizados pela Gilead envolvendo pacientes de covid-10 em estado grave. Outra pesquisa, com pacientes com o coronavírus em condição moderada, é realizada em 169 locais. Ainda não há nenhum tratamento aprovado para covid-19.

O interesse no medicamento da Gilead tem sido bastante alto. O New England Journal of Medicine publicou na semana passada uma análise que afirma que dois terços dos pacientes em estado grave, em um grupo reduzido, tiveram melhoras em suas condições após serem tratados com o Remdesivir.

O Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos iniciou em fevereiro testes em 800 pacientes que receberam doses de Remdesivir ou placebos, mas os resultados ainda não foram divulgados.

FONTE: www.dw.com/pt-br