Inacreditável. Saiba qual o alimento mais consumido no país

O café é preferência nacional, segunfo pesquisa do IBGE

O café foi o alimento consumido pelos brasileiros com mais frequência (78,1% da população) entre junho de 2017 e julho de 2018, tanto por homens (77,9%), quanto por mulheres (78,4%). Em seguida, aparecem dois produtos da dieta tradicional do país. Um deles é o arroz, com 76,1% de frequência de consumo, acompanhado pelo feijão, com total de 60%. O alimento menos consumido com frequência pelos brasileiros no período pesquisado foi o ovo, com total de 13,9%.

As informações constam da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil (POF 2017/2018), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo foi realizado em parceria com o Ministério da Saúde..

Foram ouvidos no estudo 46.164 moradores de 20.112 domicílios com 10 anos ou mais de idade, que informaram o consumo alimentar para dois dias. A análise evidencia que arroz, feijão e café foram os alimentos mais consumidos por adolescentes e adultos, embora mostrando redução em relação ao primeiro levantamento, em 2008/2009. O feijão caiu de 72,8% para 60% da população e o arroz, de 84% para 76,1%. Entre os idosos, o consumo de café subiu na mesma comparação, de 86,6% para 87,1%. A queda do consumo de arroz foi observada no Sudeste, Sul e Centro-Oeste e foi mais acentuada entre a parcela da população (25%) com maior renda, passando de 79,9% para 67,1%.

FORA DO DOMICÍLIO

A participação da alimentação fora do domicílio destaca a cerveja, consumida por 51% da população, sendo 52,8% homens, e 45,5% mulheres. Bebidas destiladas vêm em seguida, com participação de 44,1% no consumo. Na terceira posição estão salgados fritos ou assados, com 40,1%.

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Os 110 anos de um dos gênios da música popular brasileira

Adoniran Barbosa foi um dos gênios da música brasileira

Como não ter uma baita de uma reiva de ir em um samba quando não encontremo ninguém? Ainda mais se esperava tomar uma frechada do olhar da pessoa amada. Um coração que vira uma taubua de tiro ao álvaro, que não tem mais onde frechar. Não adianta. Tem que ir embora, o último trem é agora às 11 horas. Em ritmo de diversão e nostalgia, os versos e os batuques ternos de Adoniran Barbosa (nome artístico de João Rubinato), que nasceu em 6 de agosto de 1910 (há 110 anos, em Valinhos-SP), ousavam.

Ele criou um tipo de samba paulistano que enaltecia a memória e o cotidiano de imigrantes pobres e seus descendentes. Gente de sotaque misturado e italianado, com as dificuldades dos operários que ajudavam a construir a maior cidade do Brasil. Canções que traziam temática social, como a falta de habitação, a saudade e as dores da maloca. A música que fez o país identificar bairros como Brás, Mooca, Bixiga, Jaçanã e Casa Verde, por exemplo, é reconhecida como marco na história do samba, legado de um artista que brincava com os plurais e se consagrou como singular.  Para quem estudou o sambista, tem outras coisa, vortemo ao acervo e ao tempo. Ói nois aqui traveiz, como cantava. Adoniran morreu em 1982.

Para o cineasta Pedro Serrano, que dirigiu o filme Adoniran – Meu nome é João Rubinato, ainda hoje visitar e ouvir a obra do músico é reconhecer uma identidade nacional. “É muito importante que pessoas que não tiveram contato (como os mais jovens) possam saber mais sobre quem foi o artista”, disse em entrevista à Agência Brasil. Serrano afirma que se aproximou da história de Adoniran desde a infância. Inicialmente, realizou o curta metragem de ficção Dá licença de contar, baseado em personagens da música Saudosa Maloca.

O documentarista, de 33 anos de idade, revela que tem um projeto no forno para transformar esse curta em um longa, para explorar mais personagens e a riqueza da obra do sambista. “Tem que saber falar errado” “Eu sempre gostei de samba. Ninguém queria nada com as minhas letras. Tem que saber falar errado”, dizia o artista. O sucesso na música veio na década de 1950 quando o grupo Demônios da Garoa cantou Saudosa Maloca. Em 1964, Trem das Onze levou o grupo ao auge. Em 1980, a consagrada cantora Elis Regina emprestou nova interpretação para Tiro ao álvaro.

“Eu faço samba dos meus bairros”. O programa Na trilha da história, da Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação, traz trechos do acervo que destacam a irreverência e o pensamento do artista. No mesmo programa, veiculado em fevereiro deste ano, o cineasta Pedro Serrano, diretor do documentário sobre Adoniran, explica as invenções como em Samba do Arnesto (1953). “Ernesto existiu mesmo, mas a história não foi como está na música”. Ernesto jura que nunca falhou com o compromisso com Adoniran. A história foi criada pelo sambista.

Serrano conta que Adoniran foi rejeitado inicialmente como cantor. “Ele entra na rádio como locutor de carnaval. Fazia de uma forma bem humorada e assim ele se destaca, se torna depois uma grande estrela como radioator cômico”. O cineasta detalhou também a importância da parceria com o grupo Demônios da Garoa, que ecoou as canções. “Eles fizeram com que Saudosa Maloca (música de 1951) ficasse conhecida. Inicialmente, a música não fez sucesso algum. A interpretação diferente, que era gaiata, se tornou um sucesso”.  A música, que conta a história de um despejo, ganhou novo tom. O diretor reconhece que Elis Regina (que morreu também em 1982) trouxe um olhar sensível e até melancólico para a música de Adoniran.

Confira aqui o programa 

A obra de Adoniran também foi visitada pelo programete História Hoje, da Rádio Nacional. Na edição, um dos destaques é que, em São Paulo, o músico participou de programas de calouros no rádio, quando escolheu o nome artístico em homenagem ao seu melhor amigo e ao cantor Luis Barbosa, ídolo do sambista. O caminho do sucesso começou em 1934 com a música Dona Boa. Ele conquistou o primeiro lugar no concurso carnavalesco promovido pela cidade de São Paulo. Em seguida, trabalhou por mais de 30 anos na Rádio Record como ator cômico, discotecário e locutor.

Clique aqui para ouvir o programa

TV Brasil também destacou que Adoniran cantou a cidade de São Paulo como ninguém. “Prefiro falar peguemo do que pegamos. Prefiro falar fumo do que fomos”, apontou o sambista. A reportagem mostra as homenagens que o artista recebeu no bairro do Bixiga, onde há, inclusive, um busto de Adoniran. Confira abaixo a reportagem

Por falar em história e nostalgia, outra reportagem da TV Brasil destacou o que seria o “trem das 11”, imortalizado na canção de Adoniran. A estrada de ferro, que passa pelo bairro da Jaçanã, tinha um percurso do centro de São Paulo até Guarulhos, na região metropolitana. O trajeto funcionou por mais de 50 anos. “Mas o trem das 11 não existia. O acerto que Adoniran fez foi para a música”, diz Sylvio Bittencourt, que mantinha um museu no Jaçanã com a história do lugar.

Em 2018, Adoniran recebeu homenagem póstuma como Cidadão Paulistano. O compositor, que homenageou a cidade com letras trocadas e batuques em ritmo irreverente, inventava histórias e palavras. A ficção era a construção artística para falar “errado” e do que passava à sua volta. Manuel Bandeira, na década de 20, também enalteceu a linguagem das ruas: “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo, na língua errada do povo. Língua certa do povo”. Confira mais no acervo da EBC, a melancolia e a graça din-din donde nóis passemo dias feliz de nossa vida, como é a arte imortal de Adoniran.

 

Busto de Adoniran Barbosa no centro da capital Paulista

Prisão de Caetano Veloso vira espetáculo de primeira grandeza

Caetano Veloso ficou exilado em Londres

Passados 52 anos desde a prisão durante o regime militar, o cantor e compositor Caetano Veloso recorda os momentos marcantes do ocorrido, no documentário Narciso em férias, assinado pela dupla Ricardo Calil e Renato Terra (a mesma que concebeu, há uma década, Uma noite em 67). O filme integra a seleção oficial, em mostra Fora de Competição, do Festival de Veneza, que será presencial, no período entre 2 e 12 de setembro.

Coproduzido por Walter Salles e João Moreira Salles, em produção assinada por Paula Lavigne, o longa revela pensamento íntimos de Caetano acerca dos 54 dias de prisão, a contar do dia 27 de dezembro de 1968, mesma data da prisão do amigo e parceiro Gilberto Gil.

O título da obra Narciso em férias figura no livro Verdade Tropical, e foi retirado de obra de F. Scott Fitzgerald, acentuando a dramaticidade do período passado em esquema de solitária.

“Quando a gente é preso, é preso para sempre”, enfatiza Caetano, ao lembrar de uma frase antológica ouvida do amigo músico, designer e escritor Rogério Duarte, um dos criadores da Tropicália.

Madonna faz self de topless e vira alvo de preconceituosos

Madonna não se intimida com a idade e recebe críticas

Muito antes do Instagram e das selfies, Madonna já mandava ‘nudes’ para o mundo. Era comum que ela aparecesse nua em videoclipes, livros e álbuns. Claro que, com um celular na mão, não seria diferente. A cantora publicou uma foto em frente ao espelho usando uma muleta e fazendo topless. Mas, em 2020, as reações não foram das melhores.

“Você devia agir como uma pessoa da sua idade” e “você não tem mais idade para essas porcarias” são só exemplos dos comentários que a cantora recebeu. Juntamente com as notas da imprensa sobre a foto, a audiência de Madonna expõe o maior “problema”: trata-se de uma mulher de 61 anos.

Pelas lentes machistas da sociedade, o envelhecimento de um homem é considerado algo vitorioso e até mesmo sexy. Enquanto para mulheres, o padrão de beleza é sempre parecer jovem e, quando isso não for mais possível, esconder seu corpo e sexualidade. Sim, essa visão ainda é comum em pleno 2020.

Madonna sabe que o mundo pensa assim e tenta desafiar essa visão faz anos. Em 2016, foi fantasiada com lingerie para o baile do MET e consequentemente criticada por isso. Depois, explicou que queria exatamente provar seu ponto.

“Meu figurino foi uma afirmação política. O fato de pessoas acreditarem que uma mulher não pode expressar a sua sexualidade e se aventurar passada uma certa idade é a prova de que vivemos em uma sociedade sexista e que não aceita mulheres envelhecendo”, disse na época. E fez o mundo questionar: quem decide quem tem idade para o que?

Ao mesmo tempo, a cantora não ignora o seu envelhecimento e o recebe com cuidado. Antes da pandemia provocada pelo novo coronavírus, Madonna estava na ativa com a turnê ‘Madame X’. A cantora se apresentou durante meses com dores no corpo, mas precisou se limitar no palco, evitando coreografias para alguns hits e tendo até mesmo que cancelar algumas datas. Ela chegou a se descrever como uma “boneca remendada com fita crepe e cola”.

UFMA com educação e informação para atravessar a pandemia

Projeto conta com varios parceiros

Desenvolvido em 2018 pelo Setor de Psicologia da Universidade Federal do Maranhão na cidade de Chapadinha, em parceria com a Biblioteca do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais – CCAA, o Projeto Ei! propicia a elaboração e produção de conhecimentos no âmbito da saúde, educação, cidadania e cultura a partir de ações educativas e informativas. Para isso, utiliza de recursos materiais informativos, palestras, atividades lúdicas, campanhas e ações sociais, sempre buscando interlocuções com profissionais de várias áreas de atuação e setores da comunidade.

Como extensão destas compreensões, o Projeto Ei! Educação e Informação – Atravessando a pandemia, nasce das necessidades e demandas atuais de trabalho remoto, tanto do Setor de Psicologia da UFMA naquele município, quanto do Núcleo de Rádio da Diretoria de Comunicação da UFMA na capital maranhense. Com isso, foi dado início a esta produção conjunta.

A psicóloga Léa Furtado, atuante no campus da UFMA em Chapadinha, deixa claro como profissionais de diversas áreas, são convidados a participarem com ponderações e conhecimentos teóricos a cerca da pandemia do novo coronavírus. “Eles são convidados a fazer suas reflexões em formato de apresentações “audiotextuais”. O Projeto Ei! Educação e Informação – Atravessando a pandemia, traz várias vozes na tentativa de iluminar o caminho a ser atravessado enquanto durar a pandemia. Pois, partimos da perspectiva que a saúde é um fenômeno amplo, complexo e multidimensional, e não apenas ausência de doença”, esclarece a organizadora.

O projeto foi veiculado pela primeira vez dia 8 de abril, e de lá pra cá, já foram produzidas 14 edições, e que segundo os produtores, a aceitação tem sido muito boa. “Participar do Projeto Ei! Educação e Informação – Atravessando a pandemia foi uma experiência singular e excelente; poder dar minha contribuição, socializando temas relevantes e que ajudam a deixar a pandemia e a quarentena mais leves. É sem dúvidas uma contribuição enriquecedora para todos.” Esta declaração é da Jaciara Arruda, pedagoga da Assistência Estudantil e Pedagógica do campus da UFMA em Imperatriz. Ela participou do projeto como uma das vozes, “na tentativa de iluminar o caminho a ser atravessado enquanto durar a pandemia”.

Além de ser veiculado no YouTube, o Projeto Ei! Educação e Informação – Atravessando a pandemia é distribuído em várias plataformas de podcast, dentre elas o Spotify. Pode ser ouvido também pelas ondas da Rádio Universidade FM 106,9 MHz dias de segunda, quarta e sexta, às 12h.