Policial leva travesti a motel e caso vai terminar na delegacia

Travesti conta que, em motel, policial ameaçou matá-la com pistola

Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga ameaças de morte feitas por um policial civil do Pará durante uma orgia com uma travesti e três mulheres cisgêneros em um motel, no setor industrial de Taguatinga Sul, na madrugada dessa quinta-feira (7/1). Assustada, Kaila Melody, 30 anos, procurou a 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) para registrar ocorrência após ter ficado sob a mira de uma pistola. A confusão ocorreu no momento de pagar a conta do estabelecimento.

A vítima foi abordada pelo policial quando estava no ponto onde faz programa, nas proximidades da quadra CSG 10, por volta de 19h. Ela estava em companhia de três mulheres quando foi convidada para ir ao motel. Horas depois, as três amigas deixaram o local e a travesti permaneceu na companhia do homem, que chegou a se apresentar como delegado.

Quando o dia amanheceu, Kaila foi avisada pelo cliente que não tinha dinheiro para pagar a estadia no motel nem o programa. Então, o homem lhe entregou um cartão do banco e forneceu a senha e as letras para que ela sacasse a quantia necessária a fim de cobrir os custos da noitada, já que não poderia sair da suíte sem efetuar o pagamento. A travesti foi até a conveniência de um posto de combustível e sacou R$ 980 em um caixa-eletrônico.

Ameaça

Na delegacia, Kaila contou que passou em outro motel, onde costuma deixar suas coisas, e guardou R$ 300, referentes ao seu programa. Em seguida, voltou para quarto do motel e entregou o restante (R$ 680) para o policial civil do Pará. A confusão teve início quando o cliente notou que o valor da conta do motel ficou acima do que ele possuía em mãos.

A travesti narrou que o falso delegado exigiu dela a devolução dos R$ 300 pagos pelo programa e passou a ameaçá-la com uma pistola, dizendo que iria matá-la. O policial pegou a bolsa da vítima, com todos os pertences, atrás do dinheiro. Ele teria pegado dois aparelhos celulares e R$ 80.

No momento em que a funcionária do motel foi ao quarto receber a conta, a travesti gritou para chamar a polícia, porque estava no quarto sendo ameaçada de morte pelo cliente. Alegando ser delegado, o homem conseguiu deixar o estabelecimento após ficar alguns minutos retido na portaria. Instantes depois, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) chegou ao local e levou a travesti até a delegacia para registrar ocorrência.

O boletim foi registrado como ameaça, e as partes devem ser chamadas para depor nos próximos dias.

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