Hospital tenta ficar com bebê para pagar parto, alegam os pais

Casal de indianos alega que foram induzidos a assinar documentação

O nascimento de um bebê na índia virou manchete em jornais de todo o mundo depois que os pais da criança, Babita e Shiv Charan, acusaram o hospital onde foi realizado o parto de tentarem comprar o bebê para que as contas do procedimento fossem pagas.

De acordo com informações do jornal The Times of India, o valor cobrado pelo hospital foi de 35 mil rupias (R$ 2.580 na cotação atual) e, segundo afirmam os pais do bebê à reportagem, o montante oferecido pelo hospital foi de 100 mil rupias (R$ 7.400). O estabelecimento, por sua vez, negou as alegações.

A unidade de saúde alega que não houve nenhuma oferta de compra pelo recém-nascido, tampouco um direcionamento para que os pais abrissem mão da guarda da criança. Em nota, o hospital diz que os pais da criança se voluntariaram para oferecer o bebê para adoção e alegaram ter provas de que um contrato foi assinado para comprovar a finalidade.

Shiv, o pai da criança, trabalha como puxador de riquixá (um tipo de carroça que faz o transporte de pessoas pela cidade) e ganha 100 rupias (R$ 7,39) por dia. Ele alega que não estava sabendo da transação e revela que não recebeu nenhum atestado de alta, contas hospitalares ou qualquer outro documento.

“Eu e minha esposa somos analfabetos. Demos nossas impressões digitais em todos os documentos, como o hospital pediu”, ponderou. O casal tem cinco filhos e o mais velho, com 18 anos, trabalhava em uma fábrica de sapatos, mas foi demitido no decorrer da pandemia. A mulher explica que, por estarem precisando de dinheiro, o casal aceitou o dinheiro.

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