Candidata tem voz alterada por robô e xinga eleitores

mulheres conversando

Uma vereadora da cidade pernambucana de Ipojuca, que concorre à prefeitura do município, foi alvo de uma farsa para prejudicá-la nas eleições de outubro. Investigado pela Polícia Civil, o caso envolve a utilização de tecnologia de deepfake, que altera digitalmente imagens, áudios e vídeos. O alvo da simulação foi Adilma Lacerda (PP), que teve a voz manipulada nas imagens para supostamente proferir uma série de ofensas contra os moradores da região.

As imagens que aparecem no vídeo são reais, mas o áudio, não. Nelas, a atual vereadora aparece conversando com uma assessora, em uma das salas da Assembleia Legislativa. Com a utilização de inteligência artificial, a voz da candidata foi manipulada para ofender os eleitores, segundo a polícia. “Tá muito cansativo. Não vejo a hora disso acabar, parece um monte de mendigo. O povo fedendo, todo suado, agarrando, puxando. O povo só quer saber de dinheiro e emprego, como se tivesse emprego pra esse povo todo”.

De acordo com as apurações policiais, o caso pode resultar em graves consequências, incluindo a possível cassação de candidaturas de pessoas que estejam envolvidas no ataque criminoso. Os investigadores identificaram que o vídeo foi compartilhado centenas de vezes em grupos de WhatsApp e individualizaram os principais disseminadores.

Deepfake

O uso de deepfake com fins eleitorais é considerado crime pela legislação vigente e pode resultar na cassação das candidaturas dos envolvidos. Medidas jurídicas foram tomadas pela vereadora e o caso é tratado com o rigor necessário para assegurar a integridade do processo eleitoral em Ipojuca.

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