Sputnik – Ao comentar as ameaças feitas por Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo, João Doria, disse no domingo (23) que “Bolsonaro voltou a ser Bolsonaro”. “Ameaçar jornalistas, usar linguajar inadequado ao cargo que ocupa e não respeitar a liberdade de imprensa, é flertar com o autoritarismo”, afirmou Doria, segundo coluna de Lauro Jardim, de O Globo.
Ao visitar a Catedral Metropolitana de Brasília, Bolsonaro foi perguntado por um repórter de O Globo como ele explicava os depósitos que teriam sido feitos na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, por Fabrício Queiroz e por sua esposa, Márcia Aguiar. Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), teria destinado R$ 72.000 para Michelle, enquanto Márcia teria depositado R$ 17 mil.
‘Encher tua boca na porrada, tá’
Outro repórter, do portal G1, perguntou a Bolsonaro sobre movimentações nas contas da empresa do filho do presidente.
Primeiro, Bolsonaro disse que não responderia às perguntas. Depois, se dirigiu aos jornalistas e disse: “Eu vou encher a boca desse cara na porrada.” Em seguida, o presidente ameaçou o repórter de O Globo: “Minha vontade é encher tua boca na porrada, tá?”.
Queiroz é investigado pelo Ministério Público por suspeita de ser o operador de esquema de corrupção quando era assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Segundo o MP, a loja de chocolates do filho do senador recebeu, entre março de 2015 e dezembro de 2018, 1.512 depósitos em dinheiro.