A Justiça converteu em preventiva, a prisão em flagrante do soldado da PM Thiago dos Santos Almeida, preso por matar a tiros a companheira, a professora Ellen Ramos Soares Ribeiro, de 32 anos. O policial se entregou à Corregedoria da corporação nesta segunda-feira (10), horas após o crime, cometido na casa dos pais de Ellen, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Os dois filhos da vítima, um menino de 12 anos e uma menina de 4, presenciaram o crime.
Na audiência de custódia, a juíza Rachel Assad da Cunha negou os pedidos da defesa do PM para que ele obtivesse a liberdade provisória. Na decisão, a magistrada destacou a violência do crime: “A gravidade da conduta é muito acentuada. A crueldade da ação indica a mais absoluta inadequação do custodiado ao convívio social, já que matou a própria companheira, na frente dos filhos dela, menores de idade”.
Parentes da professora Ellen Ramos Soares Ribeiro, de 32 anos — morta a tiros em Bangu, na Zona Oeste do Rio, nesta segunda-feira (10) — contaram que encontraram a vítima caída em cima dos filhos, tentando protegê-los. Ellen foi assassinada na casa dos pais na frente das crianças, um menino de 12 anos e uma menina de 4. O soldado da PM Thiago dos Santos Almeida, companheiro da professora, foi preso pelo crime após se apresentar na Corregedoria da corporação. O corpo de Ellen foi enterrado na tarde desta terça-feira (11) no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência.
“Foi uma cena horrível e lamentável. Ela estava em cima dos filhos tentando protegê-los. Ellen tinha tanto medo dele (Thiago) que, mesmo fazendo um boletim de ocorrência nas outras vezes, ela foi lá e retirou a queixa, ele se ajoelhava e pedia perdão chorando. Ele chorava até Ellen ficar comovida, ele dizia que iria manchar a carreira militar dele”, relembra Solange Ramos, tia que ajudou a criar Ellen.
Thiago, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, já era conhecido por sua agressividade. Segundo a PM, Almeida — que estava na corporação há cerca de seis meses — tinha anotações criminais por violência doméstica e havia sido reprovado no processo seletivo da corporação, mas ganhou na Justiça o direito de fazer o curso de formação e ser incorporado nas fileiras da instituição.
FONTE: extra.globo.com