“A [emissora] está discriminando seus trabalhadores, mostrando a face mais cruel do sistema capitalista, no qual só alguns conquistam privilégios”, diz uma nota disparada nas redes pelo boletim sindical “Antena Ligada”. Em nota ao colunista citado, a Globo garantiu que nenhuma mudança recente irá prejudicar os funcionários.
Os contratempos internos da Globo começaram no segundo semestre do ano passado, quando a mesma começou um projeto de reestruturação. A intenção é enxugar gastos, readequar salários e transformar empresas do grupo em uma única entidade.
De acordo com a Veja, o trio de diretores Dennis Carvalho, Denise Saraceni e Rogério Gomes, o Papinha, tiveram seus salários reduzidos e deixaram de ser Pessoa Jurídica para receber pelo sistema CLT. Cerca de 50% da remuneração dos três foi cortada. Carvalho faturava R$ 400 000 e Papinha e Saraceni, R$ 250 000.
Para o Grupo Globo, as mudanças são uma correção de rota. Os grandes contracheques surgiram na gestão de Marluce Dias como diretora geral da emissora entre 1998 e 2002. Ela veio da Mesbla e decidiu criar uma série de núcleos na emissora como um grande magazine.
Isso criou uma competição entre diretores tanto pela audiência, à época na casa dos 50 pontos no Ibope, quanto pela receita milionária do mercado publicitário. Apresentadores também estão sendo afetados por essas mudanças. Patrícia Poeta e Zeca Camargo estariam insatisfeitos com mudanças salariais.
Justamente por isso, os dois e a apresentadora Angélica, mulher de Luciano Huck, foram sondados pela Record. Nenhum deles desmentiu essas informações que circularam.
Outros profissionais, como Tino Marcos, preferiram tornar-se freelancer a diminuir o pichuleco. Dentro do alto escalão, o diretor-geral Alberto Pecegueiro decidiu sair a partir de janeiro de 2020, depois de 25 anos.
O número de demitidos foi oficializado em 150 pessoas na TV Globo. O colunista Ricardo Feltrin, do UOL, disse que os cortes devem prosseguir até 2022.
Com informações do site Meia Hora e Diário do Centro do Mundo